No começo
consideramos que o tempo passa rapidamente, e vemo-nos a refletir sobre isso,
sobre quanto do mundo passa enquanto estamos ocupados com nossas atividades,
sobretudo quando a maioria delas são deveres. De repente, porém, é uma
madrugada, você passou as últimas doze horas dentro de um salão em um projeto;
no meu caso, com o grupo de teatro, que decide detalhes sobre a peça a poucos
dias da apresentação.
E assim, em
madrugadas que passam devido a provas, trabalhos, dissertações, dias que correm
entre aulas, trabalhos, processos seletivos de estágio, teses, traduções e
amizades, o tempo é tomado de tal modo que não mais o tomamos a julgá-lo,
sequer por minutos. Não somente o tempo, contudo diversos assuntos que nos
ladeiam são ainda mais ladeados; infelizmente, algumas vezes, são a família, a
terra natal, a fé e mesmo as dúvidas sobre a vida.
Hoje não me
prolongarei sobre eles, embora eu goste de guardar aqui tantas histórias e
tanto de nossa história. Meus processos seletivos, minha família, minhas mudas
de ipê, ensino e aprendizado de anatomia e citologia, tese de conclusão de
curso, pesquisas de iniciação científica, trabalhos e provas acadêmicas e os
detalhes humanos que protagonizam tais histórias, como as piadas irônicas de um
amigo, as dúvidas cultas e profundas de outro, a vida campestre de um terceiro,
as expectativas sobre o futuro de cada um e aquilo que me traz muitas vezes ao
blog, apesar dos compromissos, falar de amor, de se apaixonar por alguém com
bondade, filantropia, cultura, inteligência, beleza, dança e olhos verdes. É
magnífico esse encanto, quando recusamos outros pedidos por ela, para estarmos
de madrugada deitados na grama, a olhar a lua e o topo do coqueiro.
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