O vidro não estraçalhou, empurrei-o inteiro para fora do ônibus. Duas vezes, o primeiro não foi suficiente para salvá-la; o segundo, maior, chutei-o, com esse mesmo tênis que estão acostumados a me ver e então saltamos para fora do ônibus e começamos a fugir.
Labirintos, muitas vezes já o enfrentei, muitas vezes já me escondi, muitas vezes já curti seu cenário.
Festas, segredos, mistérios e corrida; já corri para labirintos e já corri de labirintos. Estavam atrás de nós, de nós homens, queriam acabar com todos, mas eu escapei e fugi, escondi-me por muito tempo entre passagens estreitas. Há passagens no solo detrás do balcão, (um grande amigo me viu e deixou-me escapar daqueles que me perseguiam) há passagens em vários lugares e algumas pessoas em quem confiar.
Escondia-me e lutava e lutava e corria. Chegaste alguma vez a encarar o perigo real? E ali, em escola, laboratórios, labirintos, mistérios. Escondem algo de nós?
Em especial, alcançar aquela fronteira, aquele muro, aquela grade e saltar por ela. Ela, uma amiga, acompanhou-me e sabíamos de correr, já de vagar, nem mais a dor do cansaço, apenas seu efeito de lentidão, mas corríamos.
Parecia saber em quais podíamos confiar, mas tínhamos de deixar aquela cidade. Finalmente saltamos pela grade, escondida atrás do instituto, em lugar pouco frequentado do campus. Fugimos. Temo em contar algumas coisas, ao menos por aqui.
Imagens: DeviantArt: Labyrinth by polarimpress / Maze by lostknightkg / Rusty Maze by xportebois / Persecution by alexiuss
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