Na Avenida Lisir Eva...

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Hunt e Eu


                Verão é assim, queeente durante o dia e chuvoso a partir das seis, por vários dias consecutivos. Hoje não foi diferente (raramente é diferente), com o carro no mecânico, a saída era esperar até as 19h30min caso quisesse assistir a Missão Impossível 4, Protocolo Fantasma. Sozinho no cinema do shopping.
Cheguei antes, talvez uma hora antes e caminhei pelo shopping alimentando algumas lembranças, sobretudo aqueles minutos ao lado da máquina de dança há algo mais de um ano e meio. E um comportamento já tradicional, observar o consumismo e atitudes burguesas e condená-los para mim mesmo, embora hoje eu estivesse um pouco mais tolerante do que se costume quanto a ambos.
Não foi um passeio no shopping que me fizera vir aqui escrever, aliás, há um bom tempo não posto no blog. Ocorre que se tratava de Missão Impossível, se eu já saí da sala tentando soltar teias quando assisti a Homem Aranha, a adrenalina relembrou as brincadeiras de infância e continuou assim que terminou o filme.
Filme Muito Bom, não implique se achar muita "páia", apenas curta, pois esse detalhe se justifica no nome: impossível, ou não?.
 Levantei quando ainda mostravam as primeiras letras, saí da sala, subi pela escada rolante, andava depressa, feio um agente federal à procura do criminoso. Pediria uma pizza, mas não era vendida no mesmo lugar. Tentei ligar para casa, tentei a internet ao celular e acabei encontrando-me novamente com a máquina de dança, talvez mais uma esperança de que a mulher – com quem não converso há um ano ou mais – estivesse lá.
Entrei no novo fast food, ainda na brincadeira de detetive e expus para ninguém (disfarçadamente, mas naquele: será que faço alguma criança pensar que sou agente secreto?) um sinal policial que aprendi há alguns anos. Na fila pela pizza inventei um sinal, pedi a encomenda e sentei para esperar, ainda com o celular tentando ler mensagens do facebook quando notei o movimento de dois policiais – policiais militares não são frequentes dentro do shopping. Ficaram olhando para mim, depois conversaram com o segurança, que também me olhou; quando viraram eu levantei, andei ainda depressa e deixei o shopping, dei de frente com duas viaturas, o caso deveria ser mais sério do que meu sinal, mas por que não continuar na brincadeira em minha imaginação?
Voltei, minha pizza já havia sido chamada, rapidamente peguei a encomenda e comi, verificando se havia algum objeto dentro, levantei, perguntei se era necessário entregar a bandeja, deixei o fast food, cruzei o shopping em curvas, cruzei o estacionamento desviando-me de possíveis câmeras e seguranças, subi as escadas e alcancei a principal avenida da cidade, onde continuei a pé. Tentei novamente efetuar ligações, encarei os prédios financeiros, talvez de lá viesse o helicóptero. Então recebo um telefonema, porém quem me liga está há vinte metros de mim e a surpreendo, comprimento os senhores na mesa, recebo a chave e o documento e continuo de carro, também sozinho, ou com um outro agente secreto com quem converso com um ponto eletrônico.
Primeiro por ruas escuras, no entanto acabo tendo de enfrentar o principal cruzamento da cidade, vira, sinal, muda de faixa, outra avenida, buracos nas ruas, carros que querem te fechar, direção defensiva, calma. Último semáforo, portões trancados, manobra de ré pela calçada e finalmente em casa, ao chegar no quarto o celular alerta bateria fraca. Nenhuma infração, apenas divertindo-me sozinho e feliz em mais uma noite de férias de verão.

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