Estranha despedida

Hoje houve um churrasco de despedida. Dentre os alunos que restaram em minha turma (vulgo, sem dps), metade não estará no país no(s) próximo(s) semestre(s), de modo que pode ser que eu volte a vê-los somente próximo à formatura ou, quem sabe, eu já esteja formado.

Europa: bem vindo a um outro mundo?

 

O que farão depende de cada um. As viagens são, em sua maioria, por méritos acadêmicos; no entanto, o ritmo de estudos por lá é inferior ao daqui, de modo que pode ser como férias ou, mais que isso, aventuras de suas vidas.

 Por um lado, aventuras de vidas e liberdade; por outro, aventuras independentes. Certo que significa aprendizado de idiomas e uma jornada em busca de novos mundos, novos conhecimentos. No entanto, partem sozinhos, enquanto há um mundo que tenho necessidade em não abandonar, do povo pobre, ignorante e oprimido no Brasil. E, para mim, é muito cedo.

Uma nova jornada

Cedo?! Em breve me formarei e não saberei se esses cinco anos teriam realmente durado tanto tempo e tantas histórias como cinco anos podem durar, em breve me formarei e hoje não sei onde estarei, mas o mundo é grande e há muito e muito que precisa ser conhecido, auxiliado, vivido e participado. Amo minha cidade, que porém não é um centro na profissão que escolhi e me pergunto como comportar sobre este mundo enorme que nos chama.

Somos engenheiros, é difícil, é necessário, é rentável e temos uma obrigação com o mundo não com prostitutas ou desejos pessoais.

Imaginamos um lugar para estágio, como mais uma etapa da graduação, porém não como imaginávamos um curso no vestibular, quando sabíamos que seria para toda a vida e, se para toda vida, então somos nós quem devemos escolher para onde ir e com quem ficar.

Estranha despedida, estranha contradição.

Estando entre os mais capazes entre os mais capazes e sem conhecer quão pronto estamos para enfrentar, para novas jornadas, novas responsabilidades e onde elas serão, serão no mundo, um mundo todo a que temos acesso, um mundo todo que nos precisa, um mundo, muitos mundos.

Tchau “colegas”, convivi convosco, presente nas mesmas batalhas, dos mesmos lados, mas em posições diferentes do campo. Espero os reencontrar para que nos próximos textos de nossas próximas histórias eu possa dizer “amigos”

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