É como conto a vida
O sexto festival
Tenho seis anos
Seis anos e só agora aprendi
Como se estivesse escrito
Como se fosse prometido
Nossa história
O sexto festival,
Seis anos de desejos não cumpridos
Ignorados, atropelados
Fiz com que o tempo se tornasse tão curto
E assim me chamo Altair,
A princesa deixa seus panos,
Deixo meu gado,
Quando o tempo passou.
um grande ribeirão sem ponte,
ponte que se forma uma vez ao ano
e cruza a via láctea,
cruza mundos distintos
que um dia foram iguais
Vega e Altair então se encontram
Desta vez, ainda distantes,
Mais distantes que quando não se conheciam
Antes dos anos começarem a ser contados
Talvez não quisesse que nos falássemos
Sequer aceitaria um café
Assim Altair entregaria uma folha de sakura
Em um kirigame
Onde escreveu às escondidas
Duas estrelas que se encontram uma vez ao ano
Como se a folha de sakura fosse capaz de perdoar
Como se um dia feliz bastasse
Amor é mesmo algo inexplicável
Amei duas mulheres na vida
E discuti apenas com duas pessoas
As mesmas
Em ambos os casos estive errado
E o lado “seja um babaca” do amor me venceu
Talvez exista apenas uma pessoa que me conheceu e não me queira ver
Justamente Vega.
Essa estrela tão distante,
Pois eu a distancio
E não sei se haverá tanabata no próximo ano
Pois não sei onde estarei
(Propostas em outras cidades, em outros países)
E temo que as gralhas não possam construir pontes por todo o oceano
Neste mundo distante, talvez me case com alguém,
Uma pessoa inteligente, divertida, bonita, meiga...
Alguém que viva na realidade
Perante quem eu não seja um louco
E que eu respeite,
ainda que não me faça o coração disparar
ou me perder em palavras e pensamento
ainda que eu não possa dizer no verdadeiro sentido
a palavra amor.
Não que seja tarde,
Porém nesse universo que se distancia
Minha estrela brilharia
No sim que contentaria
O sim de um abraço
Do pedido de perdão
História do Festival Tanabata (em inglês): http://www.examiner.com/article/japanese-traditions-tanabata-festival
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