Acordei antes do despertador. Sexta-feira santa, único dia em que o país realmente pára*, ou deveria, e abaixa a cabeça. Como disse nosso grande diretor Manoel, o teatro não discute divindade, mas tenta mostrar o valor do homem que Ele foi. Por isso, independe de religiões.
Mas os despertadores tocaram por vezes antes que deixasse o sofá e fosse escovar os dentes. O dia já havia começado.
Onde estive? Talvez Sherlock tivesse trabalho ao tentar decifrar por que estive em uma quadra, em um seminário, em uma praça, em uma mansão, em salas, em construções, em rodovias, estradas de terra, em uma mata ou por que me cortava entre os bambus depois de deixar a frente do hospital psiquiátrico antes de almoçar. E por que corria para casa em busca de roldanas ou procurava, tão rápido encontrei, naquele corredor pouco conhecido, entre estantes com centenas de livros aquele equipamento tão importante para o...
Ou quem seria aquela que me acompanhara a carregar uma árvore pela avenida, ou o porquê daqueles tecidos, daqueles blocos e tijolos, das escadas. Ficarão em nossa memória.
Foi com prazer, com muito prazer. Todos nós, e um espetáculo produzido em um dia (com todo crédito à insistência dos membros aos domingos). Um show, meus e nossos parabéns; não arrisquei, porém, o beijo da donzela, então tomei meu guarda-chuvas e rumei para casa.
*E deixe-me escrever com assento.
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