Antes de nascermos, tomamos conhecimentos de algumas experiências pelas quais teremos que passar, assim como um aluno sabe quais disciplinas terá de fazer ao entrar na faculdade. No entanto, o "como" vivemos em meio a nossos objetivos e provações está ligado a nosso livre arbítrio. Daí uma possível explicação para sonhos premonitórios, relembrar-nos que um acontecimento importante se aproxima.
O que você desejou para 2010? Há um ano, eu só conhecia uns vinte e cinco por cento daqueles com quem estava ontem à noite em um jantar de fim de ano. Há dois, não conhecia aquela que me presenteara com um panetone e aqueles com quem o dividi no último dia de aula deste semestre.
Conhecemos alguns de nossos objetivos, alguns de nossos cenários, mas o que faremos lá... E o que fica? Pense rápido, o que se recorda de um ano ao final dele?
A imagem que marcará meu ano talvez sejam as flores do velório daquela que mais me ama.
A frase talvez seja uma seqüência de palavras:
Força e Honra
Foco, determinação e objetivo
Respeito, disciplina e humildade
Não desista de ser bom
Porque eu lhes darei palavras e sabedoria
O filme, o teatro, a música, o trabalho, a disciplina na escola... Noto que acompanhei os fatos mundiais na retrospectiva dos sites, mas qual a sua retrospectiva? Reabri textos antigos do blog, vejamos o que posso dizer, ainda que um rascunho para que, posteriormente, se produza alguma mensagem.
Retrospectiva Av. Lisir Eva 2010
Muito passa por nosso pensamento. Momentos felizes, às vezes, tão felizes, que ficam guardados no memorial entre eles e nós em algum lugar perto dessa avenida que leva a nosso interior. Momentos tristes, às vezes tão tristes, também não conseguem ser escritos.
Retrospectiva Av. Lisir Eva 2010
Muito passa por nosso pensamento. Momentos felizes, às vezes, tão felizes, que ficam guardados no memorial entre eles e nós em algum lugar perto dessa avenida que leva a nosso interior. Momentos tristes, às vezes tão tristes, também não conseguem ser escritos.
Alguns momentos postei aqui, uns textos organizados ou improvisados em meio ao caminho de nossa vida. Av. Lisir Eva existe no interior de “Meu Lugar”, um mundo em nosso mundo interior, perto de nosso pensamento onde se caminha com amigos.
Revejo o que se passou por esta estrada neste ano. Não foi um ano de resultados no sentido de alcançar um sonho; mas um ano de treinamento, como referenciado em algumas postagens, quando uma música toca ao fundo e vemos o protagonista a treinar. Apesar disso, muito será lembrado e certas conclusões infelizes ocorreram.
Aprendi novas músicas e novas danças, mas não fui a muitas festas, pois, para mim, elas ocorrem quando se tem o que festejar: aniversários, conquistas, dias especiais...
Quanto às postagens, considero a maioria de meus textos confusos, cansados e de pouca beleza, escritos no final de dias corridos, sem revisão ou preocupação.
Também não toquei muito meu violão, porém ouvi “How I Wish You Were Here” em frente a um prédio que invadimos; “Hurt” dentro de meu antigo quarto e Beethoven no quarto novo.
Fui a um circo, a um belíssimo teatro, atuei em uma peça, fui muito ao cinema e a muitas palestras, onde aprendi bastante, inclusive sobre a lei natural. Muitos filmes fizeram sentido, Chico Xavier, Nosso Lar, Tropa II, Toy Story III, Forrest Gump, Harry Potter e seu mundo fantástico, Ilha do Medo... Convivi, talvez menos do que eu deveria, com psicóticos; convivi com gênios, políticos, publicitários, jornalistas, engenheiros, atletas, muitos atletas... Fui a muitas corridas; participei da organização de duas; na segunda, mais um treino coletivo, também corri.
Convivi com médicos, enfermeiras, assistentes, gerontólogos... Também fiz uma pequena cirurgia e não corro risco de ter câncer. Andei de ambulância e conheci hospitais devido ao acidente com minha avó. Colega, não queira conhecer hospitais e saiba que andar de ambulância não tem graça.
Conheci locais de minha cidade que não me lembrava que existiam: clínicas para idosos, academias imensas, apartamentos milionários... Pensei muito em meu país e em minha cidade. Viajei uns quinze mil quilômetros entre cidades e joguei golf contra o avatar do Will Smith em um aniversário.
E andei por minha cidade, fui garçom, carteiro, motorista (tirei carta no Castelo de Baliza). Podiam-me encontrar a te servir como, em outros dias, em uma reunião com engenheiros ou políticos de vários cantos do país. Comecei minha Iniciação Científica.
Deixei de ir a alguns lugares? Com certeza, mas tentei ocupar meu tempo ao máximo. Muitos dias corridos, poucos dias vazios. No final do ano, espantei-me quando vi crianças, lidei muito com homens e não se pode prender a um único mundo. Uma noite fiquei sem dormir, assistimos a um filme enquanto esperava por um ônibus às cinco da manhã.
Em alguns dias acordei com o pé direito e consegui extrair o máximo deles (do dia, dos meus pés, de mim), naquele momento. Em outros a gente acorda cansado e sente raiva por saber que aqueles dias não marcarão sua vida por bons feitos.
Talvez tenha entendido que as pessoas não têm culpa por não compreender. Embora disse que foi um ano de treinamento; talvez algumas frases singelas tivessem o mesmo ou mais valor que alguns títulos: “você é um gênio”, “esse é o filho que eu queria ter”, “você merece”, pois, no fim, o que se busca e o que mais vale são a consciência do dever cumprido e a admiração das pessoas que amamos (Gin-Gladiador), ter orgulho de seu nome.
Tive sonhos; sonhos emocionantes, muitos tipos de sonhos; mas principalmente um sonho que ainda não entendo por completo, pelo qual me posso considerar o mais frio dos homens ou um dos mais compreensivos.
A luta entre pensamento positivo e vírus psicológico pareceu fazer mais sentido, também a existência de espíritos, a matéria escura e a lei natural. Sabia que tempos difíceis viriam e, em um ano de poucos textos bons, ainda não me sinto apto para escrever a primeira letra de todo um livro dedicado àquela que falecera às vésperas de meu aniversário.
Ocorre que, depois de se preocupar tanto com os estudos da engenharia. Ao voltar para casa ou ao ouvir o antigo rádio em noites solitárias do campus, isso parece ser tão menos importante que tantas outras coisas como jogar stop com sua vizinha até altas horas e levar uma surra por não saber nome de flores ou uma conversa após uma corrida no parque.
Deixei um pouco de lado meus gibis e mangás para mergulhar na minha própria imaginação nas noites urbanas solitárias ou por ter me despedido de quem me ensinou o que é ler ou o que é imaginar. Também foi o final de InuYasha, meu mangá favorito, uma viagem no tempo, uma aventura com amor, humor e ação em um mundo fantástico.
Postei no blog, talvez uma válvula de escape, uma oportunidade de temas fora da área de exatas. Respondi um pouco em fóruns, perguntei também um pouco e entrei menos em redes sociais, fiquei algumas semanas sem acessá-las. Criei twitter e apaguei (a relação gente à toa / assunto útil era muito alta), apesar disso, o tópico “Como voltar para o twitter antigo” foi o mais acessado aqui. Interessei-me pelo LinkedIn após uma palestra com a engenharia de produção.
Não amei uma mulher, talvez por isso, ao final do dia, sentisse falta de algo e viesse postar. Dancei com Paula uma noite, caminhei com uma garota em outra, viajei com uma estrangeira, não mais as vi, mas foram, ao menos, momentos divertidos para ambos. E que tal a garota da contabilidade hoje à tarde? E aquela do bandejão? Talvez Ela até tenha aparecido este ano.
E tem muito tempo nesse ano ainda, amanhã farei uma visita de natal; semana que vem estaremos no Rio. O tempo urge e ruge, a gente ouve a aproveita.
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