Há apenas quatro pessoas a quem
eu disse sobre escrever em um blog, neste blog; um casal de amigos, meu
companheiro de quarto (da faculdade viu, não vá pensar outra coisa) e alguém
que me fizera recordar de uma mensagem que li há muito tempo, talvez nem tanto
tempo assim...
“Era uma vez um garoto que tinha
um temperamento muito explosivo. Um dia ele recebeu um saco cheio de pregos e
uma placa de madeira. O pai disse a ele que martelasse um prego na tábua toda
vez que perdesse a paciência com alguém.
No primeiro dia o garoto colocou
37 pregos na tábua. Já nos dias seguintes, enquanto ele ia aprendendo a
controlar sua raiva, o número de pregos martelados por dia foram diminuindo
gradativamente. Ele descobriu que dava menos trabalho controlar sua raiva do
que ter que ir todos os dias pregar diversos pregos na placa de madeira...
Finalmente chegou um dia em que o
garoto não perdeu a paciência em hora alguma. Ele falou com seu pai sobre seu
sucesso e sobre como estava se sentindo melhor em não explodir com os outros e
o pai sugeriu que ele retirasse todos os pregos da tábua e que trouxesse para
ele. O garoto então trouxe a placa de madeira, já sem os pregos, e a entregou a
seu pai. Ele disse:
Você está de parabéns, meu
filho, mas dê uma olhada nos buracos que os pregos deixaram na tábua...
Ela
nunca mais será como antes”
Atos e palavras deixam marcas,
não importa o quanto se peça desculpas, pois a cicatriz continua. Às vezes
somos impulsivos, às vezes a raiva e o amor se misturam, ao que chamamos de
obsessão, às vezes sequer entendemos o que fazem ou o que fazemos, somos
estúpidos, não sabemos perder e muito menos assumir. Às vezes mesmo estando
certos precisamos perder e às vezes estamos erados, muito errados.
Em vinte e um anos, recordo-me de dois pregos a atravessarem minha
tábua. A primeira cicatriz vejo fisicamente em minha mão esquerda; o segundo
prego abandonei ao vento, mas, caro leitor, pregos não voam para longe e se
voam levo um imã, uma bússola, um GPS...
É tão estranho, é fácil eu amar um desconhecido e tolero mais as diferenças
dos que me são distantes, se é que conservo, além do blog, alguém com quem
discutir minha psico ou se admito um dia que ninguém precisa ser perfeito.
Há mais de um ano o disse em poema, mas ainda assim...
Nunca mais seremos como antes
Olá, agradecendo a visita ao meu blog Aqui Neste Oceano.
ResponderExcluirVindo te seguir.
Achei demais a segunda parte do texto (com as tuas palavras) e me identifico. Sempre é mais fácil amar alguém que mal conhecemos, mais difícil amar os que convivemos. Não estás só neste barco. Mas, claro amamos de verdade os que nos são próximos. Só talvez seja mais difícil e muitas vezes mais doloroso , desculpa tantas palavras, realmente gostei, abraços!