Há uma capela a Santa Úrsula em um shopping na região central. Lá cheguei a repetir em voz alta as palavras que vinha preparando desde o estacionamento em outro canto da cidade.
Tive de vir ao centro novamente. É interessante que, desde que nos vimos ontem, encontrei outras três pessoas que não via há muito tempo, no entanto, nenhuma delas provocara-me os sintomas de parecer um tolo diante de alguém, como ela me faz sentir desde sempre. Assim esqueci-me de perguntar: “você está feliz?”.
Penso no parágrafo enquanto caminho, repito-o algumas vezes. O que ela deveria entender. Que eu a quero ver bem, e assim posso retornar ao mundo além de nós dois com a certeza de ter sido bem compreendido e de que alguém, perto ou distante, saiba que é amada.
Aproximo-me da loja, hesito enquanto clientes caminham, mas entram na loja ao lado. Continuo, encontro duas mulheres. Uma senhora, alguém com conhecimento de vida e sentimentos. Hesito ainda um instante, pergunto se é ali que ela trabalha (mesmo sabendo que sim). “Folga hoje”, ela diz e explica-me o calendário. Apenas agradeço. Ela pergunta meu nome, digo-o, despeço-me e congelo-me um instante antes de deixar a loja. Deixo-a, caminho um pouco, retorno, explico. É que, encontrei-a aqui ontem, há cinco anos não nos víamos e ela era, bem, de quem eu gostava na infância. Apenas gostaria de saber se ela está bem. A senhora, contente, diz que sim, que ela está muito bem. Pergunta se desejo deixar o celular, mas recuso, digo que não sou da cidade e já partiria.
Ela não estava na loja, mas a notícia que importava sim, ela está bem. Volto a capela, lá deixo a mensagem do vendedor de chicletes, para que ela leve felicidade a mais alguém. Então eu posso partir, e ando pelas escadas, pessoas andam em todas as direções, rostos, passos, histórias, um mundo que continua a girar na cidade, pessoas que continuam a viver e eu também posso estar feliz. Foi assim em nossa despedida há alguns anos, um dia a encontraria por destino, em um aeroporto talvez, tomaríamos um café e ambos estaríamos felizes, para sempre guardados em nossos passados e para sempre, com o orgulho dos tempos em que dividíamos os dias.
I Corintios 13
1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o címbalo que retine.
2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
3 E ainda que distribuísse todos os meus bens para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
4 O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece,
5 não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal;
6 não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade;
7 tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
8 O amor jamais acaba; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
9 porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos;
10 mas, quando vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado.
11 Quando eu era menino, pensava como menino; mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
12 Porque agora vemos como por espelho, em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei plenamente, como também sou plenamente conhecido.
13 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança, o amor, estes três; mas o maior destes é o amor.
1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o címbalo que retine.
2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
3 E ainda que distribuísse todos os meus bens para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
4 O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece,
5 não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal;
6 não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade;
7 tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
8 O amor jamais acaba; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
9 porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos;
10 mas, quando vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado.
11 Quando eu era menino, pensava como menino; mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
12 Porque agora vemos como por espelho, em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei plenamente, como também sou plenamente conhecido.
13 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança, o amor, estes três; mas o maior destes é o amor.
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