Este ano não vem fazendo tanto frio como no ano passado aqui no interior paulista, mas eis que vem à tona o ritmo de final de semestre na melhor faculdade do país. Quem sabe o frio também chegue (refiro-me ao tempo gelado, literal). Encaminho um poema do ano anterior.
O Escritor da Madrugada: Meia noite nos cadernos: Este é um poema que escrevi para um concurso em junho de 2011 e, caso fosse publicado, não poderia estar presente em outros lugares a...
Ela vai fazer 22
Caramba,
um mundo acontece lá fora. Dizia o garoto há muito tempo: “deixa, que cuido
disso quando for mais velho”. De repente olho no calendário do facebook (e é
quase tudo pela internet atualmente), meus colegas mais novos já chegam aos vinte
anos e nós já passamos disso. Ir à Igreja, Dragon Ball, Harry Potter, Inuyasha,
ensino médio, ensino fundamental, brincadeiras de criança, deitar no tapete e
assistir à TV sem preocupações, a família toda junta, os amigos todos juntos...
De repente estamos a terminar a faculdade, sem saber onde estaremos, sem saber,
sem saber.
A juventude, com conquistas e feliz, mas de repente
vejo que um mundo já passou, como se o pulássemos. Nunca beijei uma garota de 16
anos; se beijasse hoje, meus amigos brincariam, dizendo ser pedofilia; nem
mantenho contato com adolescentes. A vivência na faculdade me faz pensar em
futuras biólogas, médicas, engenheiras, trainees e menos em meninas imaturas.
Assim não houve uma princesa em um baile de formatura, meu primeiro amor, em
abril terá seu aniversário de 22 anos e, dos amores da adolescência ficam as
lembranças que aparecem em qualquer momento em pensamento ou em lugares por
onde passo a relembrar.
Falei em futuras “trainees”, conversei com uma há
alguns dias, em seu apartamento em frente ao de um amigo, bela, educada, madura,
rica, inteligente, uma conquista que me traria orgulho, talvez felicidade e
dificilmente aquela vontade de passar horas abraçados.
Amor é outra coisa para esses filhos e filhas de
empresários com quem divido a faculdade, outra coisa em que alguns talvez
colocam esse nome para se confundirem sem saber. Tão certos sobre dominar
responsabilidades, tão isso, tão aquilo em línguas, apartamentos, vodcas e
burocracias...
Então cá estamos, próximos ao primeiro emprego, a
um futuro estudado e sem expectativas de surpresas negativas, graças a Deus e a
nossos pais.
Meus amigos estão fazendo 22 e espero que, ainda
que distantes, não sintamos falta de assuntos ao nos reencontrarmos em távolas
redondas.
Textos inacabados
Há alguns dias
não posto, há vários dias. Final de
semestre, estive em meu recorde de tempo fora de casa e talvez isso tenha certa
relação. Contudo, nesse tempo pensei em
escrever alguns textos e postá-los no blog, textos que ficaram incompletos ou
nem foram escritos; textos que podem conter alguma mensagem ao leitor a partir
dessas reflexões ou textos que sejam como diários, acontecimentos, feitos ou
pensamentos que quero registrar; não que os textos consigam representar
corretamente a intensidade com que os fatos acontecem (soma-se a isso que a
leitura também depende do leitor), mas escrevo principalmente para relembrar
acontecimentos e ensinamentos.
A princípio, são
quatro textos; o primeiro, escrito em 30 de maio sobre decisões que tomamos na
vida; o segundo tentará relatar um memorável episódio de convivência, vida e
aventura durante a graduação; no terceiro trarei a questão de ser um alguém
participativo e, no quarto texto, refletirei um pouco sobre pesquisa, emprego,
TCC e tecnologia.
Ressalto
novamente que esses textos vão sendo escritos conforme tento organizar
pensamentos, sem preocupações com normas de dissertação, embora sempre com
respeito à língua portuguesa (ou
seria “com respeito com a língua”?).
Texto1: Futuro
De repente entre as notas mais altas em um dos
cursos mais difíceis da melhor universidade. De repente oportunidades são
possíveis por todo o mundo, porém sabemos menos sobre o futuro.
Mudar de casa para estudar é temporário, poucos
moram em suas faculdades, apenas estão ali por alguns anos e sabem disso. No
entanto, um estágio em outra cidade ou outro país pode ser o início de um “para
sempre”. Algumas empresas afastadas dos centros urbanos possuem condomínios com
comércio e escolas onde vivem seus funcionários. E trabalhadores podem ficar
décadas em uma mesma empresa.
De repente queremos descobrir coisas novas, mergulhar
na ciência, criar projetos inovadores e isso pode significar estar distante e
esse distante pode significar distante de viver. Não digo em relação ao tempo
de dedicação e tal, mas sobre distância física também.
Afinal, quais são seus objetivos além da faculdade?
Vestibulinho, vestibular, formatura e depois? Depois é que você começa a viver?
Mas como é essa vida se está a quilômetros de distância de seu mundo?
E de repente preferimos ficar em paz em nossas
terras sem nos importarmos com glórias e riquezas. E, de repente, precisamos de
riqueza para solucionar problemas em nossos mundos e de glória, por nossa
própria honra e propósito.
Já pensou sobre onde estará daqui a três anos? E
sobre onde quer estar? Observe há três anos, aquele prédio que não existia,
aquele lugar que passou a frequentar como aprendiz onde hoje é diretor, as
pessoas com quem convivia...
Texto 2: Para nossa viagem
Como
antecipado, deixo neste texto relatos sobre uma experiência na graduação: uma
viagem com a turma. A princípio, apresentarei o contexto. Trata-se de uma
visita técnica à usina nuclear de Angra dos Reis organizada pela secretaria
acadêmica do curso (a secretaria formada pelos alunos) com 47 alunos, sendo a
maioria de minha turma e, entre os demais, a maioria calouros diretos, embora
na maior parte dos ditos de “minha turma” já tenha reprovado em algumas
matérias de modo a não cursarmos muitas disciplinas juntos ou, explicando de
outra forma, dos que mais convivem comigo, poucos foram. Isto não é um
problema, apenas uma questão introdutória referente ao contexto.
Escrever:
·
Sobre a saída do ônibus
·
Sobre o violão no ônibus
·
Sobre os peixes do posto
·
Sobre a pá de turbina
·
Sobre o dia que durou semanas
·
Sobre a cidade histórica
·
Sobre os barcos
·
Sobre o almoço
·
Sobre o show
·
Sobre o jantar
·
Sobre os que beberam na praia
·
Sobre as inglesas
·
Sobre o ônibus montanha russa e a parada do ônibus na escuridão
·
Sobre a trilha
·
Sobre a corrida na praia
·
Sobre as meninas
·
Sobre o almoço na praia
·
Sobre as fotos na praia ao entardecer
·
Sobre os que surfavam nas ondas
·
Sobre a vila meio sinistra
·
Sobre os cachorros
·
Sobre o jogo de adivinhações
·
Sobre o segundo dia de show
·
Sobre a vista técnica
Texto 3: Ser participativo
Tempo de colheita, dezenas de
atualizações a cada vez que lemos e-mails e redes sociais, eventos, projetos,
congressos, trabalhos...
Escrever sobre a creche
Homem é movido a glória,
A quem muito foi dado, muito será
cobrado
(abraçar o mundo, aceitar e dar
conta de tudo...)
Ser participativo
Falar sobre o treinamento sobre como apresentar um traablho
Sabe
aquela expressão “passar na fila no céu”? Então, acho que me deixaram passar
várias vezes em algumas delas de modo a ter recebido muitos dons e capacidade
para tentar ou fazer todas as coisas.
Texto 4: sobre a encubadora de empresas
Sobre a sensação de viver em um
país muito atrasado
Tecnologia de fora(http://noticias.uol.com.br/ciencia/videos/assistir.htm?video=bbc-click-comboio-de-carros-sem-motoristas-percorre-200-km-04020D9A326AC8C12326 e os vídeos sobre astronomia, enfim, coisas que
fazer sentirmos vergonha de nossa tecnologia e, quem controla a tecnologia
exerce um novo tipo de colonialismo “você quer? Então paga”, além disso, a
questão das reservas naturais, Brasil possuir neodímio,nióbio, etc)
Política,
Sobre querer tecnologia de ponta
Fazer imagem para 9Gag ou deixar comentário no facebook:
Não estaria errado um professor que dissesse: “Bem, a
matéria é essa, cai na prova e é só, não vão trabalhar com isso, pois seu país
não comporta”.
Na Espanha a
Volvo faz um comboio de carros viajar sem motoristas, no ______ a PayPal
utiliza celular como cartão de compras, na ______ antenas procuram sinais
extraterrestres; na Holanda se preocupam em colonizar Marte; os EUA constroem
um muro gigante para parar furacões; na França se usa energia nuclear e, no
Brasil, engenheiros se formam e tomam o emprego de administradores, trabalhando
meses para pagarem impostos a um país que cresce 0,2%. Projeto Sirius,
incubadoras, vamos indo, a passos sofríveis através da brasa da Brasília do
Brasil, mas vamos indo, enquanto imagino o que mais a Europa estaria produzindo
se não estivesse em crise. Talvez os políticos de lá saibam mais sobre o lado
de se apertar um parafuso e menos sobre soja e Clementinas.
Etc
Assinar:
Postagens (Atom)