Na Avenida Lisir Eva...

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Arquivo


   Ocupação, tensa palavra feito garras perversas escondidas no emaranhado da mente do engenheiro.
   É difícil dizer "chega" quando se acompanha o mundo, mas é sensível dizê-la quando se conhece o mundo por se conhecer.

   Vinte anos depois alguém descobre que não sabe o que está fazendo e muito menos aonde chegará. Contudo prossegue na rotina tensa, duvidosa e recomendada.
   Tomo banho em tarde de sábado, imagino-me a alegrar uma criança triste em uma sala de estudos. Porém descubro que a criança a quem cantava era a mim mesmo, música há tempos não ouvida, criança há tempos adormecida. 
E o futuro é uma astronave
Que tentamos pilotar
Não tem tempo, nem piedade
Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença
Muda a nossa vida
E depois convida
A rir ou chorar...

   Percorro arquivos no computador, procuro e encontro vídeos. Quero vídeos com minha avó, vídeos de algum tempo, há vídeos da escola. Vencemos concursos, competições, vídeos de alguns segundos da sala de aula. Na noite do domingo escrevi e quis deixar algo registrado de quando voltei a ser humano.
   Hoje me surpreendi por não dar trabalho em acordar antes do nascer do sol; fomos à rodoviária e dormi no ônibus até a Athenas Paulista, devo ter sim sonhado com alguéns quem não via há tempos. Fui às aulas pela manhã, almoçamos, estudei pela tarde, porém a tarde passou muito rapidamente e o sol já se pôs há quase três horas. Tomarei banho, pingarei meu colírio e estudarei para a prova de amanhã ou digitarei aqui as três páginas escritas rapidamente na madrugada.

Imagem: downloadsoftwarestore.com

Algumas músicas

Armin Van Buuren and Sharon Den Adel - In and Out of Love


Enigma - Return To Innocence



Within Temptation - What have you done



Chris de Burgh - Lady in Red





Alguns momentos dos últimos dias


   Bairro novo e agradável, belas casas, muitas em construção; bairro de recém casados. Uma senhora nos ofertou bolo enquanto observava seu filho recortar palavras em uma revista lembrando-me dos tempos em que também fazia, junto à minha avó.

Não costumava jogar esses, mas os adorava.
Esse foi o cenário que percorri na manhã de ontem. Acordei, caminhava para a última aula antes da prova da disciplina quando observei um grupo com coletes azuis; uma garota e um conhecido me interceptaram. Campanha do agasalho, percorreremos a cidade. Tudo bem, fomos o trio para o bairro descrito acima. Embora tenha faltado às aulas da manhã, senti-me bem; lá havia um bosque e a garota, bela, usava botas, calça jeans e várias blusas conforme o curioso tempo variava.
Depois bandeijei, recomendei alguns roms para um amigo com emulador no notebook de outro na sala de aula, antes de seu início. Aula produtiva, aliás. À noite tentei estudar. Embora pareça não ter rendido, aprendi suficientemente para compreender os exercícios hoje de manhã, após vestir a camiseta da sala cuja frase eu mesmo produzi. Vou à aula, tento vender meu ingresso da peruada e volto para minha cidade no carro com dois amigos; momento interessante da experiência de viver juntos dentro do campus, mas desconhecer (ou passar a conhecer) os lares originais.
Então ouço Handel enquanto escrevo. Concomitantemente, algumas janelas abertas sobre nosso próximo seminário e meu pai, visionário, já devo ter dito, projeta a resolução do trânsito urbano.
Boa noite senhores.


Imagens: Littleroot town remake by Pokemon Diamond; Campanha do Agasalho, pcab.usp.br

Não vou à peruada

   Computadores não me inspiram ultimamente, talvez até emburreçam. E não me refiro a uma ou duas horas sem apetite pelos exercícios de mecânica dos fluidos, falo de inspiração mesmo, que é mais presente quando estou sob a água quente do chuveiro que em frente à tela, quiçá eu patenteie folhas à prova d'água. Ou a oportunidade de desviar a atenção seja diferente entre as ocasiões.
   Tento-me lembrar da palavra que me viera. Estou em luto, sim, mas não era essa; estou distante, mas também não a era.
    Não vou à peruada. Para aqueles que não conhecem, é uma festa à fantasia - e alguns fetiches - em um lugar absurdamente afastado de Ribeirão Preto; geralmente não interessa quem cantará, apenas o fato de ter diversas bebidas (open) por uma entrada média de R$50,00 - masculino mais caro que feminino. Quando recordei que é possível fazer centenas de ações mais úteis com esse dinheiro e esse tempo, anunciei a venda de meu convite.
   Ainda não postei sobre a apresentação de um seminário - foi elogiada - e sobre ter encontrado um sósia fisicamente. As fotos não receberam muitos comentários além de meus colegas atuais. No entanto, pode-se não ver uma pessoa por anos que seu status online não gerará tamanha emoção quanto de um encontro no centro da cidade grande há muitos casos assim ali "em verdinho" no canto da tela. Acho que foi sobre RR Martin quando li, há poucos dias, sobre alguém que preferia os anéis mágicos à tecnologia, que torna a magia, senão explicável, comum.
   E sobre amar uma mulher, também há algum tempo não posto; deduza o porquê. Lá em minha cidade, tenho uma vizinha linda, não conversamos muito, o que não a impede de ser a mulher mais linda que conheço. Cresceu, daí, nos últimos três semestres, trocou cinco vezes seu 'status' devido a algum galã; o mais recente escreve no próprio perfil sua visão física de relacionamentos.
   Por aqui, uma vizinha - agora de quarto - é a mulher mais bacana com quem convivo, com quem passo horas a conversar sobre qualquer assunto na madrugada. Apesar disso, não faz meu coração disparar nem me vem ao pensamento, além de suas especificações religiosas. Há uma terceira garota, sem diferenças religiosas ou locais; obviamente tem namorado.

Shy_by_Apri1, DeviantArt
  De repente aparece uma japonesa, aparentemente de família tradicional, quero dizer, com prioridade à  disciplina e passa o dia entre os mesmos lugares que eu dentro do campus. Não vou à peruada, não me importa se chovam vodkas e ninfomaníacas, não obrigado. Trocar uma fechadura ou comprar um presente com o dinheiro, estudar para uma prova ou escrever textos com o tempo...

Ponto de Inflexão no Rito de Passagem

   No centro, as tendas são armadas para a 11ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto; no morro do São Bento, artistas se preparam para a Virada Cultural; na Via Norte, a antiga Cianê-Matarazzo dará lugar a uma FATEC.
Feira do Livro no ano passado
  E o país? A inflação? A importação de automóveis? O preço dos combustíveis? O álcool abaixou; é um ponto de inflexão, e quando  f'(x,y,z,t,....), a derivada, é zero, é ponto de inflexão, é hora de idéias, pois tudo pode acontecer, mas o futuro, o futuro é nerd e as influências no Brasil.
   E damos adeus às dependências; bebê que nasce já segue nossas próprias normas; não quero saber de sistema inglês, mas de SI, distância é em metros colega (e em nanômetros se você quiser).
   O Brasil não precisa de slogans hipnotizantes ("compre baton") quando se tem Vale, Petro e Embraer.
   Rito de passagem, a mudança entre dois universos, nossos Simbas já sabem quem é Scar. 
    E aqueles "Simbas"? Estadunidenses moram com seus pais até os quarenta anos, que entendem de ritos de passagem? Eles "are dancing like we're dumb (...) We'll be forever young", jovens para sempre, verdes, ainda resolvem seus problemas no "it's clobberin time" [Marvel]. Sou mais eu.


Imagens: 365diasviajando.com, http://info.abril.com.br/

Dois vídeos

Dios vídeos que abri agora a pouco:



Sad

   Costumo criticar o uso de palavras estrangeiras, principalmente em títulos e nomes de estabelecimentos, mas é o único outro idioma em que eu sei dizer "triste"

   Já a música que ouço é japonesa, Aika, do anime InuYasha que terminara há algus meses (ou anos, o tempo passa tão rápido), há tempos não ouço sua trilha sonora, mas agora nosso computador voltou a ter som. Aika é Lá-si-do-ré-mi---Ré-mi-fá--fá-ré-mi (...) no violão que há tempos não toco. Inuyasha uma de minhas paixões do final do ensino fundamental ao ensino médio. Confesso que procurava por uma Kagome, contudo ignorei quando a tive.
   "Tá triste?", perguntou minha melhor amiga no msn hoje à tarde. Eu não estava, talvez um pouco chateado pela vida não ser aquelas aventuras utópicas medievais, mas não me preocupava com isso, mas com a pesquisa de meu seminário e com alguma distração até aquele "tá triste?", assim, de repente, há cento e alguns quilômetros da tela que via à frente.
   Vou ter de desligar o pc agora, boa noite, continuo depois.

Imagens: kickoff.net.au

Meia hora para o dia das mães

   E o primeiro segundo domingo de maio sem a presença corporal daquela que me criou junto a meus pais.

   Foi no final de outubro, às vésperas de meu aniversário, quando nós completaríamos 20 anos juntos ou já eu fosse parte dela antes de meu pai nascer. Assim também eu passava todo réveillon, a seu lado e, antes de dormir, depois de repetir centenas de "ba noite vó", ainda emendava algo, pois a última palavra não devia terminar com "o", porque eu achava que os filmes sempre terminavam com essa letra.
   Iria com o pessoal da faculdade ao salão do automóvel na sexta, depois viria um grande feriado e eu queria passar mais tempo com ela. Eu e minha meu tempo corrido da graduação uspiana, mas a menos em meu aniversário, gostaria de passar lá.
   Mas eu estava na fila do xerox com meu colega de ou ex-colega de quarto e meu cunhado apareceu de mãos dadas com minha irmã, vindo lá de nossa cidade há pouco mais de cem quilômetros, então eu sabia o que havia acontecido antes dele me dizer e por algum motivo eu estive preparado, meio que esperando a notícia, a música que mais havia passado por minha cabeça nos dias antes era de Elton John para a Diana e naquela distinta madrugada já me haviam dito em sonho e eu, não sei por que tão sensato aceitei. Mais que isso, convencia minha família a não chorar. Contudo sinto como se tivesse tido o poder para mudar isso. Foi na madrugada que ela desencarnou; enquanto eu dormia, via alguns familiares e me culparei eternamente pela única frase que me lembro naquele pesadadelo "morreu morreu" disse como quem diz "perdeu perdeu" a torcedores tristes eliminados de um torneio mundial. Ela inventou a expressão "como quem diz" ou me ensinou qualquer expressão que eu sei.
   O ensino médio feliz me esquecera como se chora, mas as flores da empresa onde meu pai trabalha, simbolos de um reconhecimento, de ter conseguido vencer na vida de quem mais fez foi trabalhar... E eu, seu filho, pessoa que ela mais ama e mais importante para ela, sou resultado de sua vontade.
   Contudo ela mesma me ensinou a não chorar. Então quem sabe não lágrimas, mas palavras ou conquistas lhe demonstrem o quanto sou fruto da mãe de toda essa família. Onde estiver, vó, tenha um feliz dia das mães.

   Boa noite, vó, té amanhã.

Rascunhando na net em um tempo livre

    Preciso ressaltar que este tipo de postagem é enfadonha e desinteressante; talvez o blog também seja um espaço em que eu escreva qualquer coisa boba que passe pela cabeça sem que seja preciso contar a alguém ou um lugar em que eu escreva pela simples vontade de escrever quando não se quer dormir.

Indagações em silêncio


Deixei a água quente e tomei banho pelos dois dias tensos e frios, tomei banho em silêncio para descobrir o que mudou ou indagar sobre porquês.

Ao final deste texto, busquei uma imagem na internet e, sem que digitasse algo, este cubo apareceu; a fumaça,  o relógio, a cartola, os metais, há muito nele, é grande a representação do engenheiro.
Ontem faltei da oficina de teatro; elas compõem talvez as horas mais especiais durante a semana na faculdade; no mínimo as mais humanas ou as mais interiores. Disseram-me durante aulas cansadas na tarde de hoje que o silêncio é o pior dos ruídos; mas tomei banho em silêncio, jantei em silêncio observando o fluxo indescritível da fumaça sobre a bandeja de um estudante, uma garota, meio baixa, meio gorda falava mais alto ao fundo a ponto de poder diferenciar algumas palavras. Outra, um pouco morena de cabelos cacheados conversava com estudantes em uma mesa há duas horas e efetuou alguns gestos sensuais. Ao meio dia, reconheci alguns rostos e tentei sentir gosto de chocolate na salada.
Sim, as imagens na página inicial bem descrevem  o que se lê no texto.
Ouvia Yesterday de Roupa Nova dentro de mim e, de repente, como se me transportasse para uma grande avenida, a música acabou e centenas de sons eu ouvia dentro do restaurante universitário. E eu voltava para a música, calmo, a caneca, o suco, os talheres... tranqüilos.
Talvez em silêncio o mundo entre mais facilmente e com mais detalhes em nossa cabeça. Oito disciplinas; sete provas até agora, mal em quatro em uma rotina em que minhas 6h24min diárias em sala de aula são confortos se comparadas ao total de horas de estudo ou voltadas à graduação. E deixemos este texto para ler os referentes à prova de amanhã. Boa noite.


Imagens: the_gentlemanly_escort_cube_by_risachantag-d3fk9w9; lolita_by_littleflair-d3fk1mf DeviantART

Véspera da P1 de EleMaq

   Notei também que tem muita embromação e quase nada de interessante no blog; acontece que nesse nosso regime uspiano, nossas piadas, embora muitas, são internas. Não aquelas coisinhas prontas de o que um elétron disse para o outro, mas uma exploração particular do vocabulário que possuímos. Bem, amanhã acontece uma baita prova e eu finalmente vou tentar dormir antes da meia noite neste semestre para dimensionar eixos pela manhã. E é estranho essa história de dimensionamento. Apesar de uma teoria um tanto sensata, há muito empirismo e muitas aproximações e estimativas na caracterização desses objetos.

Arredonde para uma massa, uma mola, um amortecedor e... é por aí.
   Ora, adota-se um valor superior ao calculado por desconhecermos o comportamento exato de uma peça metálica (com todo respeito às microestruturas e à metalurgia física) através de vários fatores e coeficietes de segurança. Se aproximamos assim no reino mineral, imagino então como é a graduação de alguém da bilógicas: "Segundo meus cálculos, o paciente está resfriado, mas vamos aproximar para dengue usando um betak = 2,5".

   Sexta volto a escrever algo, ótimas noites. Dormir direito que amanhã tem prova; e tá um frio... Uma sensação de 14° nesse início de maio.

Imagem: emule.com

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