Na Avenida Lisir Eva...

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Como traduzir vídeos - Youtube

   O Google lançou um serviço experimental capaz de reconhecer falas em vídeos no YouTube. Obviamente ainda não garante aquela perfeição. Por exemplo, considere este vídeo de Jared Diamond:
http://www.youtube.com/watch?v=IESYMFtLIis. Logo aos 33s, ele não disse "Yadda Saucy", mas Anasazi, antiga civilização norte americana. No entanto, se você possuir um pré-conhecimento do tema, o novo serviço do google pode ajudar.
    Basta clicar em "CC", abaixo do vídeo e em "Transcrever Áudio Beta" e em "Seleção de Legenda", se necessário.
    A tecnologia já existe há algum tempo, principalmente para vídeos educacionais, porém somente agora notei e resolvi compartilhar.
    Caso esteja interessado(a) em músicas, então recomendo o Letras Terra, site que insere legendas abaixo dos vídeos.



Manchetes


                Dizia-me um engenheiro em uma loja de esportes que o Brasil ainda não é um bom terreno de atuação para formandos em cursos específicos como engenharias de “hã, o que isso faz?”, mas um ótimo território para engenheiros, que podem, mais por esse título que pelo adjetivo, exercerem quase todo tipo de cargo, como técnico ou presidente do Banco Central.
                Um papo interessante para se pesquisar a validade não fosse a falta de tempo... Sempre o tempo, porém aqui devo discordar.
                Em tendo tempo, pensaria em uma síntese ou estrutura melhor para este texto, utilizo a desculpa de ser um blog para prosseguir.
                O que fazemos neste tempo? Veja logo ali na outra aba, dez abas abertas e quanto desse conteúdo você realmente sabe explicar? São apenas manchetes, poluição virtual, desculpa esfarrapada em estar ocupado jogando o tempo fora.
                Irrita-me ressaltar qual pode ser o conteúdo de algumas dessas abas, pseudointelectuais e pseudocomunistas expressando opniões óbvias em vídeos críticos no youtube, sobre temas que você já saberia sozinho se se interessasse por eles e não por aumentar o número de likes ou de seguidores do desocupado.
                “Uma vez que sou incapaz de enfrentar o mundo real, farei sucesso na internet”. Desprezível, mas muito funcional em um cenário por um lado corrupto e por outro exigente lá fora. Depois surgem os comentários “adapte-se às mudanças do mundo” como se devêssemos aprovar qualquer lixo para não sermos tachados de preconceituosos. É quase tão ridículo quanto um daqueles comentários de entrevista de emprego “tenha estímulo de liderança”, “saiba trabalhar em grupo”, como se fossem aprendizados compráveis em um curso particular e não dependentes de sua capacidade natural. Natural não no sentido de nato, impossível de ser adquirido, mas no sentido de honestidade, de que se sabe trabalhar em grupo com prazer, não por obrigação.
                Blogueiro é profissão? Em poucos casos, este aqui não é um. Sinceramente, não chamaria de jornalista a maior parte dos que escrevem nem nesses sites de notícias. UOL, por favor, pare de comparar tudo com futebol. Emanuel não é o Pelé do Vôlei, é o Emanuel, poxa. Quanto importa ao Hugo Hoyama e Thiago Pereira se um palmeirense ou corinthiano tem mais medalhas? Além de compararem mesatenista com nadador, ainda inserem futebol no assunto.
                 Este texto foi escrito em um caderno.

19 de outubro

19 de outubro, há vinte, vinte e um anos sinto a Terra passar por esta rotação, mas não somos mais os mesmos de 1932. Contudo o que dizem os pesquisadores daqui (da USP) quando não podem demonstrar equações aos alunos? Fé, sim, o “acredite nisso” é sinônimo científico para fé; até que, um dia entendemos os porquês. Os porquês da vida são muito mais complexos que essas outras equações; entenderei todas elas, espero que ainda em vida.


Tenho muito que fazer, muito que trazer para o mundo corpóreo, muito que aprender, que ensinar e muita saudade de quando o saber eram sonhos que você me realizava, peço que estejamos lado a lado, Feliz Aniversário vó.

Sexta 14

   Acordei, sexta-feira, chovia, um capuccino, desenho na lousa antes da prova, a prova, a chuva, as músicas de chuva. Pretendo escrever, mas tenho pressa, o mundo tem. Almoço, aula, exercício, chuva, jornal, internet, jantar, chuva, noite, aniversário, dela, linda, vegetarianos, bailarinas, foto, bolo de aniversário, chuva, festa pela conclusão de metade da graduação,  festa para ricos, outra para pobres e camarotes para mais ricos ou formandos, chuva, elite intelectual brasileira, whisky, física, vil, danças falsas, corpos que se movem na iluminação em choques, belos corpos e segundas intenções. Felicidade que não entendo, funks de quem jamais passou perto dos cenários de suas letras, se é que possuem letras. Saio da festa e espero acordado a chegada do sol e a abertura do guichê, embarco para casa, caminho a pé pela avenida e canto músicas sem chuva.


   Logo volta a chover, goteja como o ânimo, pingo a pingo, aos montes de ideias, montes de afazeres e poucos de algumas coisas que não sei quais.
   Sexta-Feira 14, essas me espantam mais, a discretização, vis detalhes que por detalhes não poderiam ser tratados.


Imagem: And the Rain Whispered... by ~Blazesnbreezes, DeviantArt.

Sábados

   Pode ser precipitado dizer que a maioria das ideias surgem às manhãs de sábado. Com a vinda do dia das crianças, usuários do facebook trocam suas imagens por desenhos animados e lembro-me e lembram-me de alguns há tempos não vistos como Balto, Animaniacs, Mágico de Oz ou A Dama e o Vagabundo, vistos em manhãs de sábado, como hoje, quando reassisti às Aventuras de Jackie Chan.
    Então eu caminho pela cidade e lá está novamente o passado, no colega de escola que agora trabalha na banca de revistas ou no ônibus, caso nele tivesse entrado, preferi trocar a passagem por dois sucos e vir a pé. E lá está o passado, na volta para casa, o templo, o calçadão, a catedral...
   E ao andar pela cidade surgem as ideias, dos planos mais pueris à preparação da formatura ou ao que dizer na assembleia da ONU.
   E a andar e cismar sozinho à noite, mais prazer encontro eu cá.


Imagens: As Aventuras de Jackie Chan techtudo.com.br; I_Walk_Alone_by_Anachronist84 e misty_saturday_by_Naiovi, DeviantArt.

Nosso terceiro mundo


“Terminar o momento, encontrar o final da jornada em cada passo do caminho, viver o maior número de boas horas, é sabedoria”.
Ralph Waldo Emerson

   Quarta-feira, aula de Humanidades, diz o professor que Johann Wolfgang Von Goethe defendia a ideia de que o iluminismo trouxera mais mal que bem com dois exemplos: a revolução francesa trouxe Napoleão, que, por sua vez, trouxe muitas mortes; a revolução industrial trouxe um capitalismo predador.
   E as luzes da revolução iluminavam as cidades, o noturno urbano agora era penumbra e a violência quem sabe um dia desaparecesse.
   Não senhor, não direi chega de relatórios e normas, não direi chega de horas e horas de aulas às vezes incompreensíveis, às vezes carentes de comprometimento, não direi chega de provas injustas.
   Contudo, Schopenhauer, se o senhor nos visse hoje, concordaria com Hegel, teses e antíteses se reúnem sem conflitos e podem harmonizar-se. Spencer, o homem ainda não é perfeito. Aula de Humanidades, filosofia no século XIX, Ralph Waldo Emerson, um dia desses resolvemos uma equação transcendental na disciplina Transferência de Calor e Massa, mas não muito tinha a ver com liberdade, a não ser com a liberdade que o diploma teoricamente nos presenteia.
   Hoje estou apaixonado, principalmente por alguém, ainda que por todo o mundo, por cada um que encontro nas ruas, salas, bibliotecas, restaurante, farmácia, pensamento... Amor, um pedaço desse emaranhado indescritível de sentimentos no ator quando é aplaudido em cena muito antes do final do espetáculo.
   Esse grupo me esquece a dor perpétua da não-finalização, mas sempre em um topo, topo após topo, e o “obrigado” parece tão pueril para agradecer... Quero outras, preciso de palavras de outro mundo. E em se tendo um segundo mundo, é ser especial, um mundo criativo, a arte que não é imitação, o espetáculo que transcende os mundo e invade convidativamente os mundos particulares de cada um, chama-os para dançar e os impressiona.
   Eu olhei pela janela do trem enquanto todos se atropelavam e vi outros mundos e outros caminhos em outras dimensões além do trajeto único de afazeres únicos que nos trancafia nesse vagão chamado engenharia para mercado de trabalho no trilho universitário.
   Então posso sentar em um banco, em outro, em uma rede, observar as estrelas em cima do vagão e, em vagões fantásticos, com palcos e coxias, estar em um n-ésimo mundo, invisível aos gráficos cartesianos, onde me deito em sua aura e a sinto, o que deseja, como deseja, sinto sua graça e cada detalhe de seu corpo, das pintas à rigidez dos seios, posso tocá-la, posso senti-la, posso ser o centro de sua vida e maravilhá-la como quiser, mas nesse nosso mundo, independentemente de razão ou subjetividade, independentemente de dimensões; por enquanto, só em nosso mundo entre palcos, ensaios e coxias.

15h45min, aula de humanidades no dia de estrela, após sucesso da apresentação.

Imagem: Valdeville theater after rain by ~ricardomassucatto, DeviantArt 

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