Na Avenida Lisir Eva...

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Quando a reencontrei sem que estivesse lá.

    Um dia quente no centro da cidade, porém chovera um pouco e, enquanto esperava o término da chuva tomava um milk-shake, seguido pela leitura de uma mensagem. Coríntios 13. Quem me entregara o papel fora um vendedor de rua, que vendia chicletes por R$1,00. Disse para que eu tivesse cuidado com um outro papel no bolso, solto ao lado da carteira. Grande homem deve ser e sinto que o deveria agradecer, sem saber por que. Todos deveríamos.
    Há uma capela a Santa Úrsula em um shopping na região central. Lá cheguei a repetir em voz alta as palavras que vinha preparando desde o estacionamento em outro canto da cidade.
   Tive de vir ao centro novamente. É interessante que, desde que nos vimos ontem, encontrei outras três pessoas que não via há muito tempo, no entanto, nenhuma delas provocara-me os sintomas de parecer um tolo diante de alguém, como ela me faz sentir desde sempre. Assim esqueci-me de perguntar: “você está feliz?”.
   Penso no parágrafo enquanto caminho, repito-o algumas vezes. O que ela deveria entender. Que eu a quero ver bem, e assim posso retornar ao mundo além de nós dois com a certeza de ter sido bem compreendido e de que alguém, perto ou distante, saiba que é amada.
   Aproximo-me da loja, hesito enquanto clientes caminham, mas entram na loja ao lado. Continuo, encontro duas mulheres. Uma senhora, alguém com conhecimento de vida e sentimentos. Hesito ainda um instante, pergunto se é ali que ela trabalha (mesmo sabendo que sim). “Folga hoje”, ela diz e explica-me o calendário. Apenas agradeço. Ela pergunta meu nome, digo-o, despeço-me e congelo-me um instante antes de deixar a loja. Deixo-a, caminho um pouco, retorno, explico. É que, encontrei-a aqui ontem, há cinco anos não nos víamos e ela era, bem, de quem eu gostava na infância. Apenas gostaria de saber se ela está bem. A senhora, contente, diz que sim, que ela está muito bem. Pergunta se desejo deixar o celular, mas recuso, digo que não sou da cidade e já partiria.
   Ela não estava na loja, mas a notícia que importava sim, ela está bem. Volto a capela, lá deixo a mensagem do vendedor de chicletes, para que ela leve felicidade a mais alguém. Então eu posso partir, e ando pelas escadas, pessoas andam em todas as direções, rostos, passos, histórias, um mundo que continua a girar na cidade, pessoas que continuam a viver e eu também posso estar feliz. Foi assim em nossa despedida há alguns anos, um dia a encontraria por destino, em um aeroporto talvez, tomaríamos um café e ambos estaríamos felizes, para sempre guardados em nossos passados e para sempre, com o orgulho dos tempos em que dividíamos os dias.



I Corintios 13
1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o címbalo que retine.
2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
3 E ainda que distribuísse todos os meus bens para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
4 O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece,
5 não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal;
6 não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade;
7 tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
8 O amor jamais acaba; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
9 porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos;
10 mas, quando vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado.
11 Quando eu era menino, pensava como menino; mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
12 Porque agora vemos como por espelho, em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei plenamente, como também sou plenamente conhecido.
13 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança, o amor, estes três; mas o maior destes é o amor.

Paixonite crônica


“Nós já somos adultos”

Já não sei se choro ou se rio, pois meu corpo, apesar de seus bilhões de anos de evolução, é incapaz de expressar a sensação. Seu nome arrepia; sua voz contrai todas as minhas células, como se elas soubessem que diante dela não há nada que se possa equiparar; seu corpo branco, macio, ainda mais bela. Foram quantos anos? Cinco sem nos vermos, oito sem compartilharmos os mesmos dias... Talvez já faça um ano desde que eu deixei de repetir seu nome a cada duas horas em pensamento.
O grande amor de infância que reencontro. Ela me diz “Nós já somos adultos”, linda na loja em que trabalha no início deste seu último ano na faculdade e os antigos colegas espalhados pelo mundo. Vinte e um anos e eu não consegui tocá-la, entregar a ela minha alma, que já a pertence e sempre pertenceu. Será que ele também se sente assim ao vê-la? Recusa qualquer outra ideia de mulher?
                Vejo uma atendente, olho-a, não sinto nada, não vejo nada, nada mais existe, é como hipnose. De repente algo do mundo me aparece, Bryan Adams, Zé Ramalho, Camões, mas é só. Tu só, tu, puro amor, com força crua, uma hipnose, ou o que há de mais forte entre almas e eu cego, eu morro, nem uma droga alcançaria o júbilo de um segundo contigo e nem outra mulher nos bilhões de anos da humanidade.
                Meu amor de infância, meu grande amor do passado. Ela diz “nós já somos adultos”. Diz no reencontro, por estar trabalhando, estarmos nos formando e milhões mais de motivos. Adulto, eu; sem a paixonite aguda com declarações e atitudes infantis...



                Recentemente o blog completou dois anos. Não o uso como um diário que guardasse minha vida, por isso é mais comum lermos aqui política do que uma descrição de momentos felizes.
                Pode ser que leiamos sobre amor, uma garota, em especial, está presente em várias postagens, alguém que por quem eu sinto inconformação, culpa e afeto. Ainda é possível encontrar aqui palavras sobre outras duas garotas pelas quais tive certas admirações momentâneas.  No entanto, o blog me acompanha há apenas dois anos e hoje contarei algo mais.
                As garotas que me chamam a atenção possuem traços comuns e eu sempre soube a explicação, são tentativas de enxergá-la em outras pessoas.
                Ela me diz: “já somos adultos”. Um reencontro após tanto tempo, ela pareceu feliz, sem saber ao certo o que dizer, uma rede social me dissera que namora há algum tempo.
Interessante tratar disso, justamente em uma época em que uma das músicas mais tocadas no mundo é Someone Like You, de Adele. Nesta canção (ver vídeo abaixo), a protagonista, após muitos anos, tem contato com um antigo amor, hoje alguém estabilizado, com seus sonhos realizados e feliz no casamento. No entanto, a protagonista não consegue ficar longe e tem esperanças de que, ao vê-la, ele se lembre de que, para ela, ainda não acabou. No refrão, diz que não faz mal, pois ela entende que às vezes o amor não dura e que ela irá encontrar alguém como ele.

Allan Poe também discutiu a questão, disse que a maior dor é da perda da mulher amada. E, de certa forma, às vezes tenho vontade de começar de novo, para que desse certo.
Diz um homem: é paixonite. É só isso e nada mais.
Ela me desperta os sintomas da paixonite e, se sempre foi assim, a paixonite é crônica.
Na faculdade conheci festas lúbricas. Pouco me importam. Mesmo o sexo não é o que importa, o que gostaria era de estar com ela, compartilharmos nossas vidas, ouvir sua voz, ouvir sua alma. Pode ser que ela esteja feliz e essa é a única certeza que eu preciso ter. E depois, certo de sua felicidade, devo partir?


Imagem: Máscaras de Veneza, http://fugas.publico.pt

Crash - No Limite, equilíbrio e preconceito

   Ao terminar o filme, fui à cozinha e, sobre a mesa, três formigas; uma delas se esforçava para arrastar o resto de alguma coisa. Não faz nada contra mim, sobretudo quando sabemos nos prevenir (lavando alimentos, etc e tal) e, se algo estava no lugar errado na noite era o resto de alimento. Se eu tivesse uma árvore, um canteiro no quintal, resolveria aquela questão de o que fazer com os farelos que caem da mesa após serem varridos até a porta. Equilíbrio, palavra recheada de situações e significados. 
   Assistia a Crash – No Limite, pela segunda vez acho eu, além de ter visto na escola, porém não me recordava de todas as histórias. Histórias que conseguiram passar milhares de mensagens a mais que as previstas e que mereceram o Óscar em 2006.

    “Em Los Angeles ninguém te toca. Estamos sempre atrás do metal e do vidro. Acho que sentimos tanta falta desse toque, que batemos uns nos outros só para sentir alguma coisa". 

    Um filósofo disse certa vez que a humanidade tende a observar o mundo através de telas, sejam elas as telas de um computador, de uma TV ou telas que não chamamos por este nome, como os vidros de um carro, através do qual observamos o mundo ou o mundo nos observa enquanto estamos fora ou dentro dele respectivamente.
    Além das mensagens principais, sobre as várias formas do preconceito, alguns detalhes chamaram-me a atenção e me incitaram esta postagem. O primeiro está na relação entre o policial John Ryan (Matt Dillon) e uma mulher do convênio médico da delegacia, Shaniqua Johnson (Loretta Devine), vídeo 1; o segundo é uma semelhança nos comportamentos de Jean Cabot (Sandra Bullock) e Christine (Thandie Newton), vídeo 2.
    John Ryan diz que haveria homens brancos que poderiam trabalhar melhor que Shaniqua, negra. Isto me chama atenção primeiramente porque recorda a nós, brasileiros, a questão das cotas. Eu, homem, branco, tenho amigos que foram impedidos de cursarem universidades federais simplesmente por serem brancos e viverem em um país de leis hipócritas e paliativas; país em que muito se defende a liberação das drogas porque a fiscalização é incompetente em vencer o tráfico assim como se criam leis discriminatórias, baseadas em cor, para “resolver” questões sociais. Portanto, o filme mostra não ser um defensor dos oprimidos, mas um instrumento que mostra a verdade e de modo imparcial.
   Em relação às mulheres Jean Cabot e Christine, quero tratar sobre a questão do equilíbrio. Ao ser abusada por um policial, Christine briga com seu marido por ele não ter feito nada, embora ele tivesse agido corretamente e ela mesma tenha concordado com sua resignação. Jean (Sandra Bullock), a típica madame, discute com o marido Rick (Brendan Fraser) para que ele troque fechaduras que acabaram de ser trocadas. Em comum, ambas ficam nervosas após um acontecimento (abuso policial e assalto a mão armada, respectivamente); no entanto, iniciam discussões irracionais, quando não fúteis e isso expressa bem o porquê da velha frase “não entendemos as mulheres”, que costumam simplesmente discutir quando querem discutir, mesmo que seus argumentos não façam sentido.
   Bem, era isso que gostaria de comentar sobre o filme por enquanto. O que acharam?

It feels like...



   Fanatismo, do francês fanatisme, "é o estado psicológico de fervor excessivo, irracional e persistente por qualquer coisa ou tema". Geralmente considero uma babaquice pessoas tomarem seu tempo babando por um mundo distante.
  Comecei o texto em inglês, pois "it feels like" parece expressar melhor a sensação. Besides, estou lendo A Storm of Swords, na versão inglesa, ainda que grifando mais de dez palavras por página.
  Como eu ia dizendo, repudio o fanatismo que beira o extremismo, seja religioso, político, por um lugar, uma personagem, desenhos japoneses, times de futebol, bandas... É como se a pessoa parasse de existir como ela e passasse a ser um verbo, um verbo de defesa de seu ideal cegamente. Citar exemplos não será necessário.
  No entanto, minha infância se passa na época das febres (tazzos, pokémon, bichos virtuais, Harry Potter...) e, essa infância fantasiosa leva a uma idade adulta de arrependimento, um arrependimento por aquilo que não se fez. Você cresce, conquista os títulos que a sociedade admira (vestibulinho, vestibular, mestrado, bom emprego) enquanto outras pessoas se esforçam por eles; contudo, ainda assim sente falta. Falta do engenheiro ser um inventor, falta do advogado viver Daniel Kaffee, do navegador descobrir novas terras em um mundo já tão descoberto, a falta do arqueólogo em entrar para a história, a falta da criança que passara a infância a assistir magias, ter sua própria varinha mágica e poder voar.
   Talvez seja também daí que nasçam os pedófilos, pessoas que lamentam não terem experimentado um lábio de uma garota enquanto eram garotos e não sentem a mesma magia em mulheres adultas, já corrompidas pelos carnavais.
   Em domingos como este, jovem solteiro com a cidade vazia, férias, feriado, sem tarefas sendo exigidas, vejo-me a perguntar sobre a graça e a lógica do mundo; estranhamente, o domingo que às vezes esperamos quando estamos muito atarefados.
   Os vídeos postados aqui falam sobre crianças, embora eu só tivesse conhecido suas letras depois que as músicas me marcaram.  O primeiro é a música de um clipe com InuYasha e Kagome; o segundo, trilha da dança entre Hermione e Harry Potter. Histórias que me fizeram sentir o que sentem os fãs, a vontade de viver aventuras nesses mundos mágicos ao lado de mulheres como Kagome e Hermione. Mundos que talvez existam, mulheres que talvez existam, aventuras que talvez existam. E eu espero e, em meio à espera, essas canções que me recordam que o desejo é forte.


Faltam flores na cidade

  Acordo entre oito e dez da manhã; gostaria de acordar cedo, mas fico a escrever na madrugada ou a procurar algo que deixe o dia mais completo. É verão, mas já se passaram as grandes chuvas e estamos naquelas semanas de calor ardente de fevereiro.
    Férias estudantis chegam a durar três meses e, na ausência de projetos de iniciação científica ou recuperações, formam um intervalo de tempo em que os estudantes estão livres para investir em outras áreas, independentes da azáfama universitária (no sentido de pressa devido à sobrecarga).

     Um dia em casa, dias em casa, aquilo que mais queremos quando estamos a enfrentar o mundo e a batalha está difícil. Vitamina com diversas frutas, algum desenho na TV, averiguar como vão as plantas, tutoriais de um software importante, porém não ensinado na faculdade e um pouco de procrastinação na internet enquanto se espera o almoço. E é notável que se busque e se curta tantas páginas de humor enviadas pelos nossos amigos que, ao mesmo tempo, ficam cada vez mais distantes.

     O programa de esportes é mais bem acompanhado, ainda que fiquem tratando de detalhes dos clubes de futebol. Um livro de inglês para aprofundamento, acompanhado do computador e finalmente o título da postagem e o que provavelmente será mais lembrado: caminhar pelo bairro até a academia juntamente a alguém especial, um amigo, um irmão, pai, mãe...
    Nesse momento nossa visão, que tanto observava todo o mundo lá fora, retorna para nossos bairros, aquelas ruas que muito frequentávamos na infância, os lugares onde há sombra, casas que conhecíamos e conhecemos de cor, a companhia ,os buracos no asfalto, os degraus nas calçadas... Faltam flores na cidade, flores que farão parte dessas lembranças, calçadas como pomares que cobrissem os quarteirões.
    “Nessa idade, queria mudar o mundo”, disse certa vez um professor; não conseguindo, quem sabe mudar o país, o estado, a cidade... Concluiu que o máximo que pôde fazer foi melhorar a ele mesmo.
    O governo, o mercado, o banco, a polícia... Afinal de contas, eles não solucionam problemas, porém aqueles que lá trabalham (ou deveriam). Então que nossa geração dê o próximo passo, transformemos nossos bairros, sem esperar que a prefeitura resolva tudo, afinal, não existe a prefeitura como ser, apenas como lugar, onde se reúnem pessoas; ainda que mais ricas e com a responsabilidade de zelar pela cidade, pessoas. Os moradores fazem as praças.
    E assim, comecemos por nós e pelo que está próximo, com ações, não apenas palavras. Que tal descobrirmos até onde podemos chegar, até onde resolver nossos próprios problemas?
Faça das férias um tempo útil. Faça-te ter do que lembrar e sentir orgulho; admita que é mimado e deixe de ser. Paz
    E, ao voltar para casa, a magia de seus livros.




Imagens: comusic.org, arvoresdesaopaulo.wordpress.com, deviantart.com

Uma postagem sobre sexo e conduta, com fotos de mulheres sensuais


    Tenho um colega individualista, ateu e determinista. Quem convive com ele não enxerga uma pessoa fria, embora, se bem observar, verá que é alguém que não faz questão de popularidade.

   Embora algumas de suas ideias pareçam absurdas para o senso comum, não vê crime quando alguém “vence” o outro (para não dizer palavras violentas) para atingir seus objetivos, como na natureza: cadeias alimentares, disputa por território...

  Gostaria de destacar um pensamento dele em particular: tudo se resumir a sexo.



    Sabem aquelas teorias que, embora saibamos estar erradas, nos perdemos ao tentarmos explicar por que não são válidas? Então! Ele diz que todas as ações, estudar, trabalhar, optar por certos estilos de música têm como objetivo impressionar alguém do sexo oposto. Leitor, não fique impressionado ou com medo destes parágrafos, apenas note que faz sentido quando você pensa assim. Se bem que, se você achar que o mundo gira em torno de qualquer outra coisa, vai notar que talvez também faça sentido.


   Veja só, é uma postagem sobre sexo e nem precisei tratar da parte hot do assunto ainda.



   Ontem, enquanto esperava pela quinze para uma da manhã, cá estava a iniciar uma postagem. Perguntava-me sobre o que tratar, após ter dito que ficaria mais tolerante quanto aos problemas do mundo, esquivaria de pieguices e não efetuaria copy/paste do que se pode ler em outro lugar. Então escrevi que postaria fotos de mulheres sensuais, embora não queira rebaixar este blog a um ambiente de prazer sexual.

   Aliás, quero aproveitar a oportunidade para tentar relembrar de um texto para crianças sobre masturbação, dizia que é uma fonte segura de prazer e modo de diminuir o tédio. Caro leitor, se estiver entediado, eu recomendo os esportes. Deve haver poucas sensações melhores que, neste nosso planeta, superar nossos recordes. Ontem superei o meu na natação (Agora falta superar aquela morena alta e linda com quem divido a piscina, pois, para um homem, perder para uma mulher é incabível); hoje, recorde na academia e, talvez, de tempo ao volante.

 

   Venho escrevendo bastante sobre comportamento em redes sociais. Hoje ressalto mais um, as pessoas parecerem mais fanáticas nas redes. Conhecemos uma garota em uma praça, bacana, porém, ao “conhecer” seu perfil online, descobrimos que ela só fala (e o tempo todo) sobre um único tema e de maneira doentia, seja religião, cosplay, sentimento de forever alone, comunismo... Embora isso não seja transpassado durante conversas pessoalmente.
   Por quê? Porque um perfil em rede social não retrata uma pessoa! Um covarde é um “valentão dos teclados”, um tímido é popular; involuntariamente você é sim mais quem você quer ser do que quem você realmente é.



   Fico pensando se de repente iniciasse uma guerra, quantos magricelas aguentariam o peso de ferros, do clima ou da caminhada porque o fazem no vídeogame. Não precisamos desses extremos, mas pense bem, você pode ser convencido demais.



   E por que falo disso em postagem sobre sexo? Porque, caro leitor, parece que não importa nada disso, nem se você usa uma camionete com funk ao invés de um jantar com violinos... Decepciono-me com as mulheres e, de verdade, às vezes parece que o que importa, atrás de tantas imagens, jogos, dicas, tentativas, diplomas, músculos ou mentiras em redes sociais, é simplesmente e infelizmente sexo ou atração pelo corpo. Quiçá isso justifique aquela velha frase: "como que ela pode estar com aquele idiota?".


As imagens são aleatórias, nem sei se a Fernanda Vasconcellos namora, não falo dela.
   Na postagem Sobre o Amor, reproduzi um texto que trazia uma visão sobre o que realmente importa em conquistas. Ele é completo com o auxílio da imagem abaixo (retirada do blog Teoria da Conspiração Amorosa), que mostra o que traz lembranças e o que, no fundo, realmente importa.


Imagens: a maioria já estavam no blog, outras anexei ontem através da busca do google ou do deviantart.

Medindo as palavras

   Minha última postagem foi sobre nostalgia, e com as muitas postagens críticas, talvez houvesse indícios de que viria uma sobre remorso.
   Remorso (www.priberam.pt): Manifestação pungente da afetividade humana que nos censura um ato que não devíamos praticar. (Usa-se mais no plural)
   Porventura haja uma palavra semelhante, exceto pelo “ato que não devíamos praticar”; uma palavra que significasse a vergonha por um feito pelo modo realizado, independentemente se devíamos ou não praticá-lo.
   Hoje um texto que escrevi foi compartilhado para dois milhões de pessoas, elogiado inclusive. No entanto, bem podia ter sido ignorado, ou sequer escrito.  Uma correção, necessária até, mas correção de uma falha perdoável.
   Então, qual palavra intitularia o objetivo desta postagem? Paciência, cautela? Medir as palavras.
   Ao ligar o computador esta noite, deparei-me com a seguinte mensagem no software Minutos de sabedoria v3.0:

Lembre-se de que não devemos humilhar ninguém.
Os erros que os outros cometem hoje, nós podemos cometê-los amanhã.
Não se julgue inatingível nem infalível.
Todos podem falhar.
Trate os outros com tolerância, para que possa reerguê-los, se errarem.
A perfeição não é desta terra.
Não exija dos outros aquilo que você também ainda não pode dar.


   Não que eu tenha feito algo maléfico, humilhante ou estivesse errado, compartilho o texto acima com foco nas outras frases.

   “A perfeição não é desta terra”, belas e verdadeiras palavras. O que é uma crítica? Uma estupidez de um “valentão dos teclados”? Na minha idade, parecemos estar corretos e queremos mudar o mundo, ainda que realmente corretos, ainda que conscientes de começar por nosso bairro, nossa casa, nós...
    Não sei o que dizem de mim, se é que falam de minha personalidade além dos feitos. Todavia, espero que esta sensação de remorso por insolência na internet tenha se limitado e encerrado em mim, não sido transpassada. Tenho um hábito, um bom hábito, de que cada gesto por pouco que seja incorreto ou presunçoso, retorna-me, sobretudo na consciência, de modo que isso me ajude a sempre agir da maneira correta e ponderada.
   Note que ser educado não tem tanto a ver com não falar palavrões, já vencemos isso, um grito de “ganhamos, porra!” é algo às vezes natural em uma ocasião nem tão frequente. Porém ainda não vencemos a estupidez e a ignorância do país. Mas, que tal guardar as repulsas e ignorá-las de vez em quando? “A perfeição não é desta terra”, motivos podem ter sido inocentes, erros podem ter sido brincadeiras ou mesmo resultado de ignorância, que raramente é culpa do possuinte; afinal, os que tentam trazer seriedade ao país é a minoria. E teimosia é como a mentira, expandem, se intensificam, explodem. No entanto, esta às vezes é pessoal, quiçá mais lenta e, aquela, coletivamente entre contrários.

Imagem: adaptado de não (naomordamaca.com) e paquímetro-universal (paquimetro.reguaonline.com).

USP entre as oito melhores universidades do mundo!

   Desconsiderando as universidades dos EUA, a Foreign Policy coloca a USP entre as oito melhores universidades do mundo, confira a matéria (em inglês): http://www.foreignpolicy.com/articles/2012/01/31/the_harvard_of_hong_kong_and_8_other_great_international_schools?page=0,2

Sobre o Eu das madrugadas

   Sobre o blog, esta avenida, não é a principal. Na principal as palavras diriam exatamente o que eu pretendesse. Por isso, talvez nela nem passassem tantas palavras, mas outras formas de pensamento.
    Em casa a fazer tutoriais de um software, tentando aprofundar um pouco no inglês, na academia, na natação, ao sair com minha irmã, ao replantar meus pés de ipê, aumentando o vaso com o tempo, assistindo às vitórias dos times da cidade e dos times pelos quais torço... Essas ações trazem, entre várias sensações, a de que o tempo rendeu. As sensações desses momentos não são muito referenciadas aqui no blog. Sinto-me feliz com elas.
    Encontro o blog, entretanto, quando minhas críticas são prudentes o bastante para serem publicadas e irritantes o suficiente para não serem feitas em redes sociais, onde podem encontrar oposição ignorante, que não saiba discernir uma opinião sobre um ato de uma opinião sobre uma pessoa. Encontro o blog também em algumas noites, tendo o dia sido ou não proveitoso, mas com uma sensação de faltar algo para completa-lo.  De repente, então, é madrugada e, se de manhã eu procurava por músicas animadas, agora ouço My Immortal (vídeo abaixo).

   Madrugadas, lembranças de feitos, vontades para construir, preocupações, saudades do que não se viveu... Nas madrugadas podem-se perdoar tudo e todos.
    Não quero que o texto faça parecer que estou triste, é diferente, talvez nostalgia ou desejo de que o mundo fosse mais parecido com as fantasias e menos movido pelos desejos do corpo ou das más ambições (existem as boas).
   As imagens nesta postagem referem-se a produções (desenhos, séries...) que me foram marcantes, contribuem neste tom de nostalgia. Se o vestibular era uma corrida, agora estou de carro em uma subida, consigo subir se souber guiar, mas não vejo o que vem pela frente.



Imagens: Inuyasha by ~FazzolettoBianco; O Pequeno Urso, robim.wordpress.com; Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, gtimagens.blogspot.com; O Reino de Muito Longe, mercadolivre.com; Charizard, fanpop.com

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