Na Avenida Lisir Eva...

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Nesses 15 dias...


                Não me lembro se eram robôs, uma guerra futurista, ou aquele mesmo lugar de tantos sonhos; talvez fugíamos juntos, ou vencíamos juntos, não me recordo agora, noite no meu quarto em casa, chuva e algum frio lá fora, aconchegante aqui, meias, roupas de frio há muito não usadas. A personagem do sonho sim, protagonista, ela. Hesitei antes de entrar em sua casa, pois há tempos não nos falamos e sequer sei qual minha imagem lhe ficou, mas pudemos compartilhar este sonho como amigos.
                A última postagem foi há duas semanas. Desde então, bons momentos, seja em meio às provas ou, depois delas, quando pude me dedicar a outras atividades dentro e fora do campus.
                Fico tanto tempo dentro dele que a procura por uma loja de materiais de construção parece uma aventura que mereça ser postada. Na verdade saí outras vezes, conheci um museu de tecnologia no caminho à loja que conserta celular e, na falta de despertador, ganhei uma televisão. Terminadas as provas, fizemos uma Lan e tirei alguns dias sem estudar o tempo todo. São raros dias assim. Logo é feriado e preferi me dedicar um pouco às atividades com a secretaria acadêmica e minha primeira oficina no grupo de teatro.
                Entrei em contato com meu primeiro professor da oitava arte (embora esta numeração não seja consensual, refiro-me ao teatro, que reúne diversas manifestações artísticas). Pedi-lhe uma dança de roda que costumávamos fazer, sua resposta foi serena, o aluno agora se torna mestre.
                É uma das cenas de meu filme, a cena em que o aluno se torna mestre, mas já, logo agora, já sou bom o suficiente para isto? Mestrado, acadêmico também, já espreita na coxia por sua entrada.
Na oficina, não esteve presente o grupo todo, contudo consegui gerar uma ocasião em que dez pessoas riram por duas horas a ponto de sentirem os músculos da face e este foi o resultado que mais sinto orgulho.
                E há muito tempo ouvimos que a vida é como uma peça de teatro. No domingo anterior, almoço no apartamento de um amigo, entre amigos, sem escumadeira para o arroz, mas a carne estava muito boa, estudamos aquele sábado e domingo inteiros. Esta cena lembra-me filmes, é nova para mim, não que não tenhamos passado outras centenas de dias estudando, mas um cozinhar, outros colocarem músicas, rirmos muito com piadas internas, tornarmos um dia feliz e cinematográfico ainda que as ações sejam cotidianas e os acontecimentos frequentes.
                Algumas não são tão frequentes, como todos os alunos da sala conectados em rede em uma sala de aula ou programarmos o computador para controlar o nível de água em um aquário.... Assim vão se formando momentos que serão lembrados.
                Outros dois episódios merecem destaque: ao dobrar uma esquina do campus, nos deparamos com viaturas e dezenas de pessoas em uma sarjeta, um policial se aproximou com uma arma com, talvez, mais de um metro e perguntou se éramos estudantes, ordenado que disséssemos nossos RA. Meu colega respondeu, nisso entendi o que significava a sigla, também respondi e continuamos nosso caminho.
                Tendo levado o celular ao conserto, por falta de despertador consegui uma televisão 21 polegadas de um colega que a estava doando, afinal não poderia me atrasar para a prova de 15min às sete e vinte da manhã do dia seguinte, terça-feira passada. Comprei ainda um despertador, mas o desliguei certa hora da noite devido ao barulho alto do tictac, percebido após ter acordado no meio da noite com a chegada de vizinhos bêbados. Já havia acordado assustado no sábado, preocupado com a prova, que já havia feito no dia anterior, no entanto, o acontecimento se multiplicou na madrugada de segunda para terça. Meu colega de quarto, tendo voltado dos estudos às 3h, tentou entrar silenciosamente no quarto, contudo acordei assustado, meio que derrubando tudo pensando estar atrasado. Durmo, ele sai para escovar dentes e retorna às 3h05min, quando eu novamente pulo da cama assustado pensando ter perdido a hora. Volto a dormir e acordo algumas horas depois; por não ter ouvido o despertador, penso ter perdido a hora e saio do quarto em disparada até o fim do corredor, onde havia luz para que eu pudesse ver as horas em meu relógio, bem, ainda estava cedo.
                É por aí, provas seguidas, finais do paulistão, volta para casa, Godzilla expulsando vampiros (esta parte foi no teatro), sonho com ela... Não sei explicar agora por que uso o blog como um diário, ainda mais um homem, ainda mais um adulto, alguém com bem menos timidez que a maioria das pessoas. Apenas ressalto que não é para passar a imagem de “olhe para mim, leia o que estou publicando, para que me sinta e me sintam importante”, principalmente por isso meus amigos não conhecem este blog e não o divulgo.
                Bem, talvez o divulgasse a desconhecidos e alguns grupos caso a postagem tratasse, por exemplo, do modo como certo jornal de grande circulação vem inventando histórias e distorcendo fatos para derrubar a prefeita de minha cidade e favorecer seu candidato tucano. Talvez seja por ser pior que os outros sete que a mentira de manipulação não esteja entre os pecados capitais.
Bem, terminemos esta postagem com palavras mais alegres. Ao abrir o DeviantArt esta imagem me chamou a atenção, embora não tenha tanta relação com esta postagem.

De nossa dança à economia mundial, meus rabiscos


Escrevo o texto abaixo de minha cama na madrugada, dividi em algumas seções que reúnem alguns comentários sobre temas que gostaria de armazenar aqui no blog, relativos a alguns temas e cenários que vivenciei esses dias. Não peço para que leiam e disso faço minha resposta caso não o curtam. Caso não esteja interessado na parte sentimental, pule para o terceiro tópico.

A Dança
                Noite de quarta-feira, faríamos uma apresentação, fizemos até, mas um tanto diferente do planejado a princípio e é estranho como um ator pode ser tão tímido às vezes com receio de não ter o discernimento da plateia e é estranho como um homem audacioso pode sentir vergonha defronte uma mulher ao desejar conquistá-la.
                Com algumas somos bastante descomedidos em todas as outras ocasiões. Uma em especial, temos facilidade em divertir, é inteligente, correta e desejada, dançamos forró pela madrugada (dançaríamos também samba, caso eu soubesse, mas aprendi os primeiros passos da gafieira) e caminhamos juntos quase até sua rua perto das quatro da manhã.  Por falar nisso, moramos na mesma cidade, temos muitos pontos em comum, pontos, linhas, planos, espaços, quiçá outras dimensões.
                Dancei também com sua amiga e a amiga de outra amiga, minha; servi no bar, um colega pediu-me cerveja de graça; encontrei amigos e conhecidos; cumprimentei uma garota que sentou a meu lado algumas vezes no ônibus; com outros amigos, comemos salgados antes do evento começar, um prato foi quebrado.... Uma, em especial, foi até meu quarto para que usasse o computador. Esta, se não tivesse namorado, talvez já tivesse ouvido um pedido meu. Namorou outros caras, sua família mora a centenas ou milhares de quilômetros, é possível que não concordemos em algumas ideias, mas dificilmente eu negaria suas vontades. Tinha um compromisso, mas gostaria que tivesse voltado para dançar.

Afazeres
                Continuo hoje a postagem, tenho algumas provas e trabalhos para esta semana, além de outro deveres que vamos adiando por falta de tempo, mas constato certa necessidade em postar, ainda que seja pessoal e o texto talvez não sintetize grandes ideias para tornar o leitor uma pessoa melhor.
Se bem que, neste sentido eu mesmo me convenço que devo deixar de escrever e ir logo dormir para estudar amanhã e aceitar esta sensação de que algo falta para completar o dia.

Política
                Alguns passam a madrugada na internet como fakes para atrapalhar discussões sérias, outros se comprometem em participar de ações, mas não vão à luta, refiro-me à manifestação contra os vereadores de Ribeirão Preto, que provavelmente recebe o apoio de toda a sociedade, mas poucos saem às ruas ou fazem algo para mudar sua comunidade. Certamente a maioria tem obrigações que impedem, ainda assim sinto uma geração covarde, preguiçosa e acomodada. Geração a qual eu pertenço, e a quem tais sintomas também tentam atingir. Ao dizer “geração”, refiro-me a qualquer idade, estudantes secundaristas, universitários, aposentados em descontentamento e vontade coletivos. Não há tanta complexidade em entender esta questão da câmara, ainda assim, poucos vão às ruas.
                Apesar disso, é um passo para o renascimento da pressão popular, com manifestações pacíficas e discernimento crescente.

Economia
                Estou cursando uma disciplina de economia, é interessante e conhecer essa “lógica” de humanas desde as simples classificações às ideias de admirável profundidade. Contudo, de repente, estamos em um ônibus de volta para casa, ao lado de uma cortadora de cana que pouco sabe ler e vemos que toda essa filosofia, ainda que a meritocrática ou a mais justa que você conheça, não consegue alcançar a justiça na prática.
                O leão que se alimenta de outro animal não o faz por maldade, mas por natureza. Se um engenheiro constrói a máquina, não é por insolência, mas por acreditar que homens não precisam de trabalhos brutos e repetitivos e que tal máquina elevará o desenvolvimento e ajudará a suprir as necessidades da sociedade. Porém, ao homem do campo, a máquina tira seu serviço; ele que trabalhava de maio a novembro, agora só recebe até agosto, pois próximo a este mês toda cana já está cortada.
                Economistas e outras tantas profissões geram produtos abstratos, mesmo o dinheiro é virtual e parte do mundo ainda não compreende. De repente eu e você também não compreendemos que em nosso trabalho, mesmo que façamos o certo, ainda podemos prejudicar.
                Em termos menos pessoais, por que nossas atitudes no mercado devem favorecer nosso Estado? Estranho esta frase ser escrita por um patriota. Reclamamos dos que se favorecem e depois de tanta filosofia, ainda vence a que diz que nossas atitudes devem ser focadas no favorecimento do e de todo ser humano.

Novamente, o amor.
                Vejo uma foto, ela sorri, sendo uma mulher, o tênis de garota, uma maquiagem rara, roupa e corpo de mulher. Baixei a discografia de Bon Jovi e procuro por outras belas canções além das muitas belas canções como Always, Misunderstood, It's My Life, I'll Be There For You, Thank You For Loving Me, Bed of Roses, All about Lovin' You, Never Say Goodbye, These Days e tantas outras em rítmos mais "animados". Encontro muitas, Open All Night, posto You Had me From Hello e Whole Lot of Leavin:





               Talvez aquelas foram apenas dança entre amigos e talvez seja o perdão dessa outra garota, mulher, o que eu procuro e me faz continuar a escrever sem me importar com as horas...
               Mas escrevo aqui no blog, sem que muitos leiam, e com mais liberdade, daí considerando um pouco mais útil que os choramingos de "forever alone" que testemunhamos no facebook. Citei três mulheres aqui (da dança, do computador no quarto e da foto), porém defendo não ser um diário, se o fosse, teria a maior parte das postagens referentes a equações. Portanto tento concluir com esta ideia, estes textos tentam passar algumas sensações e reflexões, mas, como com quaisquer pessoas, não podemos dizer que suas obras são toda ou a maior parte de suas personalidades.


O sonho da segunda-feira e o pensamento que me envergonha


Ontem, segunda, cheguei de manhã à cidade, depois de ter ido dormir tarde, fui à aula e, ao voltar, dormi, perdendo a hora do bandejão. Durante o dia todo pensava em meu sonho, procurando nas garotas que passava qual era aquela que almoçou comigo naquele bandejão repleto e colorido de alimentos servidos por garçons de trás do balcão.
O estabelecimento estava um tanto vazio (estava perto da hora do fechamento), de modo que não pude perceber que era sonho. Depois fui a uma festa onde ela estaria, no entanto não tinha tanta intimidade com seus amigos, que tentavam nos aproximar, ou melhor, fazer com que eu me declarasse a ela. Em um momento, um deles soltou um foguete naquele cômodo após a varanda, onde a turma se reuniria e onde ficamos sentados, lado a lado, eu porém com vergonha e por julgar a pressão dos amigos um fator que deixava a situação mais ridícula que romântica. De repente encontrei um amigo, de minha cidade e perguntei quem o havia convidado (afinal não teria ele muita ligação com o pessoal daqui). Ele disse então o nome de uma amiga daqui do campus, que provavelmente ele não conheça. Eu não percebia se tratar de um sonho e, ao acordar, quis que fosse verdade e procurei a garota entre as que cruzavam meu caminho nessa segunda-feira.
    No sonho, estar com aquela garota faria-me voltar a sentir aquele sentimento de que falava na postagem anterior, já o sentia, o calor de um coração, estar apaixonado, semelhante à sensação que sinto ao estar próximo de minha amada da infância.
  Quis postar sobre meu sonho, fiquei conversando com meu colega de quarto, meu celular dormiu sobre a cama e acordou desmontado no chão, de modo que perdi a hora novamente nesta manhã. E tento correr com esta postagem, pois já é tarde e amanhã tenho uma aula importante bem cedo.
A avó de uma grande amiga de infância faleceu nesta semana. Não conversei com ela, por não saber direito o que falar, além do fato de sua avó “ter escolhido” uma data (semana santa) em que ela estivesse de folga. De fato não saberia dizer algo que lhe fizesse se sentir melhor e confortada. Aconteceu que a avó de outro colega (este, da faculdade) faleceu na mesma semana.
Terça-feira, há dias está marcada uma apresentação amanhã, no entanto, embora já tivéssemos apresentado em outros locais, o ritmo corrido não nos permitiu novos ensaios. Daria certo, provavelmente conseguiríamos, teríamos a tarde para relembrar. No entanto, eu sentia medo esta noite (não é medo a palavra certa), eu sentia certa vergonha, o grupo de teatro havia se modificado devido a entrada de novos membros, a saída de grandes pessoas e a ocupação dos demais em nossos últimos anos da graduação. Sinto falta daquele meu veterano com argumentos precisos e habilidade para liderança e improvisação.
Volta de feriado, aquele choque de que as primeiras provas se aproximam, há trabalhos, deveres em outros grupos, pensamento sobre o que farei no último ano da graduação e depois dela... Amanhã, a prioridade de amanhã era a apresentação, calma, uma coisa de cada vez. Mas você não ensaiou, calma, vai dar certo, sei o texto de cor... Então minha parceira de cena chega atrasado, sem mim ou sem ela não tem apresentação, somos os protagonistas. Porém, assim que ela entra, um pensamento medonho vem em minha cabeça, caramba, vê se isto é coisa de se pensar, mas é um pensamento, de modo que não sabemos se é um desejo para se safar de uma responsabilidade, se um espírito nos antecipando uma notícia, uma descoberta do subconsciente... Afinal, eu queria ou não queria apresentar? Queria, era apenas o medo e um pouco de vergonha de não sair perfeito, mas deveria apresentar, até vinha imaginando a reação de pessoas, amigos, que, por acaso, passariam pela praça e me viriam no palco. Seria aplaudido novamente, como das outras duas vezes? Eles entenderiam? Então ela caminha para o salão, fico feliz por vê-la, iriamos ensaiar e tal. Então ela entra no salão e minha imaginação (ou sabe-se lá o que) me diz: “se tivéssemos motivos importantes para faltar, cancelávamos esta apresentação mal ensaiada sem nos... E se um parente dela falecesse...“. Tenho vergonha deste pensamento, tenho vergonha de compartilhar que pensei nisto, ou se imaginei... Antes seja verdade que tenha sido um espírito me antecipando a notícia. Então ela entra no salão e nos diz sobre o falecimento de seu avô.
Sobre a apresentação, criamos um plano B entre todo o grupo, acho que fará o público se divertir. Bem, qualquer dia posto mais, espero ter mais sonhos bonitos para escrever, espero encontrar a garota dos sonhos, conhecer melhor os cenários, espero que aquele pensamento não tenha sido um desejo, mas uma reação involuntária de alguém preocupado com a apresentação e que durante a semana tenha lido aquelas notícias e assistido seriados com guerras ou um espírito antecipando uma notícia.
Espero que ela continue sendo aquela pessoa sempre feliz, que eu não perca a hora da aula de amanhã, espero ser perdoado caso eu precise ser perdoado por ter imaginado algo ruim, espero que sejamos felizes.

Sentir o calor de um coração


No pesadelo monstros nos seguiam e fugíamos, toda a população, em busca de um lugar seguro, um cômodo sem portas ou janelas que nos pudesse proteger do perigo lá fora, mas os monstros adentravam vários locais e não podíamos lutar. Meu amigo, onde ele se perdeu que ainda não nos encontrou? E aquele homem na varanda, por que não vem conosco em busca de muralhas mais resistentes que seu toldo de lona?
Lembro-me daquele mesmo cenário de vários sonhos, aquele vestiário enorme e ermo em meio ao bosque, campo de golf, de festas ou clube de acampamento e aquela casa cheia de passagens secretas pelo sótão, cenários desde a infância ou cenários de outras vidas.
                Havia um abrigo através do instituto de física e lá a maioria tentava chegar, seria suficiente?
                Agora venta, já deve começar a chuva, ouço barulho na rua, tocam aquelas pedras penduradas nas vigas, cujo nome não recordo. Começa a chover, é o cheiro da chuva, mas o som do encanamento da caixa d’água. Finalmente um veículo na rua, uma moto cujo som se prolonga por vários metros. O portão se agita com o vento, as pedras continuam a cantar.
                Domingo de páscoa, fui surpreendido pela sensação de amor familiar, visitas, bastante comida, boa comida, sobremesas, jogo na TV, filmes, seriado... Filme à tarde, com Jackie Chan, filme à noite, Agentes do Destino, um pouco de Matrix com Cidade dos Anjos e aquela sensação de fuga, quase como no sonho. Também ouvi música, Bon Jovi e Evanescence, pesquisei sobre relógios e outros mecanismos e tentei nas redes sociais preencher um vazio que não conseguia explicar.
Anteontem, ouvia antigos cantores de rádio por talvez hora antes de dormir. Ontem, duas obras que ensinam o que é ser engenheiro, um texto de um aluno que desistiu no penúltimo ano depois de uma adolescência nerd e decepções em vários aspectos na principal universidade do continente. A outra obra, ou o outro ensinamento, vem de um garoto, no filme A Invenção de Hugo Cabret. Fantasia, aventura, magia, preciso disso para me sentir feliz.
Um tempo de indecisão, de olhar que se já se tem história no passado, mas sentir medo de como ela será no futuro, medo dos custos das conquistas. Procuro por cômodos que nos defendam dos monstros que nem ao certo conhecemos o rosto, mas sabemos que a outros já aterrorizaram.
Um calor, um abraço, apaixonar-se, estar com alguém que nos aqueça e a quem possamos aquecer. Na minha família somos fortes, meu quarto me protege do vento lá fora, a união nos defende dos monstros. Assim não se troca uma vida de êxitos individuais em terras distantes, pela felicidade de casa.
Outrossim busco me apaixonar por ela. Ela quem? O grande amor da infância? Aquela cujos ideais e tarefas se assemelham com os meus? A garota de gostos extremos, frescos e ideais contrários? Aquela que eu possa abraçar e sentir o calor de seu coração.
                Abraçar para deixar de sentir medo, para sentir serenidade. Às vezes (muitas, muitas mesmo) estamos preocupados com estudo, trabalhos, deveres enfim, sentimos um vazio, uma vontade de um mundo diferente e, em um domingo de páscoa, descobrimos que este mundo que parece distante é, na verdade, um mundo que deixamos, assistir a filmes em uma tarde, seu time ganhar, sentir o cheiro da chuva sobre o edredom, observar o mecanismo de um relógio, abraçar alguém que ama...
    Posto o texto no blog, sabe, se deletar não tem efeito, então volte.


Ah, a vida de antigamente


                Na postagem anterior, havia me referido a coisas e hábitos antigos. Hoje pois vi reportagem sobre correios, um belo documentário sobre trens da EPTV no Globo Repórter, assei (não faço isso há tanto tempo, que estranho esses dois "s" na escrita) pão na frigideira, toquei em um mangá de um desenho da infância, mas preferi olhar o céu noturno ao lado de minha mãe pela janela de seu quarto...
                Os trens e as músicas que minha vó cantava, posto aqui três: Felicidade, de Lupicínio Rodrigues, Esse Meu Coração Sem Juízo de João Mineiro e Marciano e Os Homens Não Devem Chorar de Barros de Alencar.

                Também dizem que as melhores coisas da vida são as mais simples...

90's, panelaço e afazeres neste abril


               Talvez foi por ter assistido a alguns filmes como Desejo e Reparação e por acompanhar alguns lançamentos como o Óculos do Google, voltei-me a perguntar como seria a vida há uns vinte, trinta anos, antes de Windows ou internet.
                Correios traziam catas, vídeo-game Mega Drive, fliperama, Hong Kong (ao pensar na década de 90 imagino Street Fighter e Hong Kong), visitas, casa de primos e de avós, um mundo em que conhecimento era uma Barsa na estante.
                Agora um mundo grande onde quase tudo é perto; as pessoas, pelo menos, não é tão difícil encontrar.
Este texto não é uma crítica à modernidade; felizmente ela permite a reunião de pessoas seja para flash-mobs ou em protestos, como o Movimento Panelaço, contra os abusos do legislativo ribeirão-pretano (vídeo abaixo). Esses óculos do google então, provavelmente ajudem a conter furtos e violência em um mundo vigiado. Com o tempo vamos derrotando a ignorância, aumenta o acesso a informações, dados, produtos, sistemas que simplificam muito a vida em um mundo com tanta gente (como bancos funcionavam sem computadores?). No entanto... Já sinto saudades daquele mundo em que as crianças tinham de esperar todo o fim de semana para saberem a continuação do desenho animado na TV.
Há vários dias não postava no blog, deixo aqui esta reflexão saudosista ligada a um fato que me chamou muita atenção esta semana (o panelaço e o orgulho do renascimento do poder popular). Bem, volto a minhas tarefas da faculdade, do congresso, da secretaria acadêmica e outras coisas para fazer em casa, boa tarde.

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