Quando foi sua última noite sinistra?

    Tocava Zé Ramalho, é noite de Sexta-Feira 13 de Agosto; havia ido ao médico pela manhã, trabalhado à tarde e dirigido até a outra ponta da cidade, por avenidas lotadas, avenidas desertas; então tocava Zé Ramalho dentro do carro próximo à portaria daquele campus enquanto aqueles homens conversavam.
   Não acendi um cigarro, eu não fumo!

   É foto de celular, à noite, mas não tão tarde, porém bem longe da concentração urbana. E é de outro lugar, além da estrada deserta, além da portaria. É sexta-feira 13; a chuva de meteoros foi ontem, mas não a vimos por aqui; também não passamos a madrugada a olhar estrelas.

   Um homem senta no bar, ele diz: sou muito normal, mas espera... ah espera que eu subo na vida. Um homem o ouve no bar, um ser em ascenção em meio à sabedoria das verdades, falsas ou verdades verdades? 

   Mas não assiste à chuva de meteoros, nem se perde na noite nem faz da noite medonha, graças à Deus. Nem se veste de preto, nem espeta o cabelo. Porém a mágica, mas a mágica...? E os perigos da noite, as motos, as grandes realizações em amor platônico...

   Conversemos na próxima sexta-feira 13, sabe onde encontramos becos? Em Barretos, em Bauru, em BH? E um prato de macarrão com alegres cantores de rua e gatos pretos em calçadas próximas.