Mais um para a série: "como a Veja tenta manipular você"
Um dos mais vendidos, “A Privataria Tucana” não aparece na Veja | Jornal Correio do Brasil, clique para ler.
Às vezes a internet me irrita
No conto US Amália, do
escritordamadrugada.blogspot.com, há uma referência a uma frase escrita no site
papodehomem.com.br: “um homem se torna homem quando deixa de fazer o que gosta
e passa a fazer o que tem de ser feito”.
Comecemos por uma atitude simples, acordar cedo faz o dia render mais,
isto implica dormir cedo; logo, não desperdiçar tempo e, aproveito para dizer,
esta noite a internet me aborrece, “Globo transmitirá apenas jogos do
Corinthians na libertadores do próximo ano”; no Terra há uma notícia para cada dez
fofocas sobre celebridades; em comentários de notícias e redes sociais um monte
de comentários ignorantes e argumentos ilógicos desde a velha mania de criticar
políticos independentemente do tema discutido às novas manias em atribuir
frases ou atitudes de uma pessoa a outra, o que se ganha contando mentira na
internet? Eu garanto que não entendo o porquê disso. Ah sim, tem os
tradicionais: “esta geração não teve infância”, “Roberto Carlos não é Rei, rei
é Jesus”, beleza, Jesus é o rei, mas Juan Carlos da Espanha, Harald da Noruega
também são, o que tem de errado em chamar um cantor de rei da música? Ou um
jogador de Rei do Futebol como forma de elogio? Sinceramente, será que é tão
difícil se preocupar com o que precisa realmente se preocupar?
Preciso ficar menos irritado com burrices. Pronto, cá estou novamente
acordado de madrugada pela necessidade em escrever esta crítica.
Obviamente, não fosse pelo facebook eu não teria alguns contatos precisos e necessários, algumas piadas, algumas notícias e diferentes visões sobre elas, mas é incrível como uma postagem babaca pode irritar.
Mas, como eu ia dizendo, antes de ler a reportagem sobre a Globo e o
Corinthians, um homem deve fazer o que tem de ser feito e de certo modo isso
parece me dizer para parar com o estilo de bobo da corte para não ficar de mal
de ninguém, mas passar a usar gravata e defender o que é correto, ainda que
isso custe algum rancor dos que não compreendem. Enfim, outro dia,
possivelmente amanhã, escrevo algo melhor.
Eu quero escrever um texto
Eu
quero escrever um texto capaz de alterar o ritmo cardíaco do leitor, capaz de
mudar comportamentos, de transformar a sociedade. Quero um texto que seja um
portal para o interior de cada leitor e que ao mesmo tempo o fizesse realmente
compreender o interior das personagens. Será que todo escritor tem a mania de
não se satisfazer com seu texto depois de pronto, será que eles não estavam
mesmo bons ou será que os leitores se distanciaram tanto assim da fantasia?
Fantasia,
era como estava classificado um de meus livros favoritos da infância, O Reino
de Muito Longe, lido uma vez em um dia com poucos alunos na escola (reunião de
pais e mestres ou de professores possivelmente) e recuperado anos depois em um
sebo na avenida Nove de Julho, através da estantevirtual.com. Quero escrever um
texto em que o leitor mergulhe dentro e saia somente depois de saborear cada
sílaba, sem se preocupar com o tempo, com o número de linhas ou páginas para
seu término. Quero um texto que sirva de perdão, um texto que conquiste.
Talvez
seja pela proximidade com esse mundo fantástico que considero o Natal como a
melhor época do ano, movimento de pessoas, despertar de sonhos; despertar sim,
no sentido de serem relembrados. Natal para muitos coincide com férias e férias
com época em que são deixadas de lado as obrigações e nos lembramos de nós
mesmos, de desejos que os muitos compromissos nos impediram. Em particular, ontem
(agora, anteontem) me encontrava em paz retirando terra de um canteiro para o
plantio de árvores e, desde alguns dias, tentando escrever um conto de natal.
Gostaria de aproveitar o parágrafo para registrar que Um Homem de Família é meu
filme favorito entre os que se passam nessa data.
Família.
Algo que me deixa irritado é o quanto pessoas reclamam demasiadamente. Sobre a
data, refiro-me a duas formas de reclamação: é possível que eu já tenha
criticado aqui no blog a atitude da imprensa em promover o consumismo
esquecendo-se do real sentido natalino; hoje chamo a atenção ao radicalismo,
tenho lido comentários que criticam a abundância em ceias natalinas e alguns,
por mais radicais que pareça, criticam pessoas e prefeituras por gastarem
dinheiro com iluminação de natal quando poderiam doar cestas básicas. Quero
afirmar o contrário, neste domingo de Natal eu não almocei, não morri por causa
disso, nem precisei “tuitar” esse detalhe, mas, por favor, não me deixem sem as
luzes no Natal, cestas básicas não resolvem os problemas do mundo, luzes sim.
Portanto, sinto falta de tolerância. Talvez nada me irrite mais que madames e
desperdícios, mas que a humanidade se empanturre nas ceias, que as crianças
tenham, ao menos um dia, doces e luzes.
A
outra reclamação que pretendo criticar (criticar críticas parece um tanto
contraditório, por isso pretendo parar por aqui) são os retornos de parentes
para casa, daqueles em cujos carros se discute roupa de um, casamento de outro,
será que não se pode, no mínimo guardar este tipo de comentário para si? Eu,
autor aqui deste texto no blog, tenho o que já posso considerar dom em não me atentar
ao que é inútil ser notado, olhar o lado apenas o lado bom da vida belo da vida
não é apenas uma frase “fofa”. Por que dizer que uma árvore é feia se é tão
bonito uma árvore ser uma árvore? Não tem a ver com desatenção, pois descubro
cada xícara nova que aparece em casa, e as admiro por serem xícaras e, se
presentes, por serem presentes, independentemente de qual sensação poderia
significar um possível olhar diferente realizado por aquele que presenteou. Há,
assim por cima, quatro tipos de celebração natalina em família: parentes realmente
unidos, parentes que se reúnem por terem de se reunir, famílias que não
conseguem se reunir e pessoas que ficam sozinhas. Aprendi que quando se força
um desses casos possivelmente não funciona e alguém se entristece.
Natal
é minha época favorita do ano. Como ocorre no final do ano, é agradabilíssimo
que a melhor semana de cada ano seja a última e que se siga uma semana melhor
que a outra, assim como eu costumava repetir diariamente no ensino médio que o
hoje é o melhor dia de minha vida, e eram.
Venho de duas famílias, uma marcada
pela miséria, injustiça e alcoolismo, outra marcada pelos esforços de uma avó
solteira que teve de cuidar de quatro filhos. Suas histórias poderiam ser
escritas em livros e eu pretendo contar também aqui pelo blog, talvez seja
justamente a história de minhas famílias este texto que eu quero tanto
escrever, capaz de mudar comportamentos e transformar a sociedade. É mais
difícil escrever quando as dores são reais.
Neste texto, pretendo chegar ao
tema amor, por isso possivelmente eu o envie a certa garota que talvez esteja
lendo agora (e seja a única pessoa que lerá tudo isso). Portanto, desta vez,
deixemos as descrições mais resumidas e continuemos a dissertar. Possivelmente
não é surpresa para ela que eu tenha chegado a esta cidade em... Dizer da
infância pobre parece apelação, afinal, perto do remanescente da família, sou o
primo rico e, desconsiderando aspectos financeiros, talvez eu seja a pessoa
mais rica do mundo. Não quero que sinta pena, então chamemos o advérbio enfim.
Enfim, por ter tido a oportunidade em nascer onde nasci, posso ter uma vida de
evolução positiva, daí a concluir a cada dia do ensino médio ser o melhor dia
de minha vida. Mesmo que algo não tenha dado muito certo, ainda teria a
lembrança do ontem e isso me faria estar no melhor dia de minha vida.
Como prometido na última
postagem, falarei de amor e de conquista. Conquistar um coração é algo que me
parece às vezes tão ridículo, outras vezes não me parece fazer sentido. É
tomado como “olha para mim, você precisa de mim” e nesta dança se incluem
trocentos jogos e táticas. Isso torna necessário que provemos “olha para mim,
eu sou uma pessoa boa de verdade” e esta necessidade me é lamentável.
Encaixarei aqui uma analogia,
sou estudante da melhor universidade latino-americana e na cidade em que estudo
há outra universidade conhecida e que usa o nome da cidade. Daí, se digo o nome
da universidade em que estudo, pareço convencido; se digo que estudo em tal
cidade, então logo perguntam se se trata da outra instituição. Ou seja, pela
segunda vez neste texto, não é que as pessoas julgam demasiadamente, elas
julgam erroneamente. Quando digo o nome de minha universidade não estou dizendo
“abaixe a cabeça, eu sou melhor do que você”, estou apenas respondendo à
pergunta sobre a universidade. Do mesmo modo, dizer “olha para mim, eu sou uma
pessoa boa de verdade”, parece significar “e aí gata, tá afim?”, ô mania de se
distorcer as coisas, por isso que prefiro ciências exatas. Se eu digo que
escrevi este texto em algumas horas da madrugada, apenas estou dizendo que
escrevo este texto em algumas horas da madrugada, não o reescrevi, nem o venho
escrevendo há dias, não quis dizer “oi, eu sou f..., pois escrevi tudo isso em
pouco tempo, não preciso de revisão”.
Paremos de escrever sobre essas
coisas chatas, pois já não deve haver ninguém lendo a essa altura, no entanto
não apagarei os últimos parágrafos – e também paremos de metalinguagem e
voltemos ao assunto.
Outro dia, possivelmente amanhã,
eu continue. Boa noite.
Sobre o amor, parte I
Amor, quando a gente larga mão de pensar nisso o mundo fica mais sem graça, mas mais sensato; ou seria mais sensato, mas mais sem graça?
A faculdade nos desanima da magia da vida pelo período de isolamento, acredito porém que a magia da vida se revele novamente (refiro-me a questões de relacionamentos).
Tenho muito a contar sobre o tema (e quem é que não tem?), seria a competência mais importante? É possível alguém realmente amar mais de uma pessoa (reafirmo que estou me referindo a amor entre namorados)? Juras de amor seguidas de separações e novas juras de amor, é realmente amor? Também tenho a refletir sobre o tema e, em breve, deixarei aqui o que escrever pelas noites em folhas de papel.
A faculdade nos desanima da magia da vida pelo período de isolamento, acredito porém que a magia da vida se revele novamente (refiro-me a questões de relacionamentos).
Tenho muito a contar sobre o tema (e quem é que não tem?), seria a competência mais importante? É possível alguém realmente amar mais de uma pessoa (reafirmo que estou me referindo a amor entre namorados)? Juras de amor seguidas de separações e novas juras de amor, é realmente amor? Também tenho a refletir sobre o tema e, em breve, deixarei aqui o que escrever pelas noites em folhas de papel.
Hunt e Eu
Verão é
assim, queeente durante o dia e chuvoso a partir das seis, por vários dias consecutivos. Hoje não foi diferente (raramente é diferente), com o carro no
mecânico, a saída era esperar até as 19h30min caso quisesse assistir a Missão
Impossível 4, Protocolo Fantasma. Sozinho no cinema do shopping.
Cheguei antes, talvez uma hora
antes e caminhei pelo shopping alimentando algumas lembranças, sobretudo
aqueles minutos ao lado da máquina de dança há algo mais de um ano e meio. E um
comportamento já tradicional, observar o consumismo e atitudes burguesas e
condená-los para mim mesmo, embora hoje eu estivesse um pouco mais tolerante do
que se costume quanto a ambos.
Não foi um passeio no shopping
que me fizera vir aqui escrever, aliás, há um bom tempo não posto no blog.
Ocorre que se tratava de Missão Impossível, se eu já saí da sala tentando
soltar teias quando assisti a Homem Aranha, a adrenalina relembrou as
brincadeiras de infância e continuou assim que terminou o filme.
Filme Muito Bom, não implique se achar muita "páia", apenas curta, pois esse detalhe se justifica no nome: impossível, ou não?. |
Levantei quando ainda mostravam
as primeiras letras, saí da sala, subi pela escada rolante, andava depressa,
feio um agente federal à procura do criminoso. Pediria uma pizza, mas não era
vendida no mesmo lugar. Tentei ligar para casa, tentei a internet ao celular e
acabei encontrando-me novamente com a máquina de dança, talvez mais uma
esperança de que a mulher – com quem não converso há um ano ou mais – estivesse
lá.
Entrei no novo fast food, ainda
na brincadeira de detetive e expus para ninguém (disfarçadamente, mas naquele: será que faço alguma criança pensar que sou agente secreto?) um sinal
policial que aprendi há alguns anos. Na fila pela pizza inventei um sinal, pedi
a encomenda e sentei para esperar, ainda com o celular tentando ler mensagens
do facebook quando notei o movimento de dois policiais – policiais militares não
são frequentes dentro do shopping. Ficaram olhando para mim, depois conversaram
com o segurança, que também me olhou; quando viraram eu levantei, andei ainda
depressa e deixei o shopping, dei de frente com duas viaturas, o caso deveria
ser mais sério do que meu sinal, mas por que não continuar na brincadeira em
minha imaginação?
Voltei, minha pizza já havia sido
chamada, rapidamente peguei a encomenda e comi, verificando se havia algum
objeto dentro, levantei, perguntei se era necessário entregar a bandeja, deixei
o fast food, cruzei o shopping em curvas, cruzei o estacionamento desviando-me
de possíveis câmeras e seguranças, subi as escadas e alcancei a principal
avenida da cidade, onde continuei a pé. Tentei novamente efetuar ligações,
encarei os prédios financeiros, talvez de lá viesse o helicóptero. Então recebo
um telefonema, porém quem me liga está há vinte metros de mim e a surpreendo,
comprimento os senhores na mesa, recebo a chave e o documento e continuo de
carro, também sozinho, ou com um outro agente secreto com quem converso com um ponto eletrônico.
Primeiro por ruas escuras, no
entanto acabo tendo de enfrentar o principal cruzamento da cidade, vira, sinal,
muda de faixa, outra avenida, buracos nas ruas, carros que querem te fechar,
direção defensiva, calma. Último semáforo, portões trancados, manobra de ré
pela calçada e finalmente em casa, ao chegar no quarto o celular alerta bateria fraca. Nenhuma infração, apenas divertindo-me
sozinho e feliz em mais uma noite de férias de verão.
Início de dezembro
Dezembro,
época das chuvas no centro da cidade, lotado pelas compras de natal, reinauguração
do Palace Hotel como centro cultural, produtos chineses, corrida por vagas nos
estacionamentos dos shoppings, eu andarilho com meu gorro de Noel, a árvore que
este ano toca músicas.
Há algum tempo não posto, terminaram
as provas e aguardo ainda três notas. Amanhã, Dia do Engenheiro; hoje à noite,
festa de natal. A apresentação de teatro, mágica também, em um teatro de
verdade, de madeira, escadas, luzes, cordas e cortinas, aplaudidos, elogiados,
é um grande ano, embora meu segundo natal sem ela, minha avó.
Algumas despedidas neste início
de setembro, amigos formando, outros no exterior, entre eles, minha vizinha e
amiga rumo a Portugal no próximo semestre e outros que passarão o Natal com
neve. Falarei mais sobre a data em postagens futuras. Por enquanto, posto I Wish Everyday Could Be Like Christmas - Jon Bon Jovi:
Sobre o mau uso de bandeiras
Talvez
seja porque passou há pouco Tropa de Elite II que me viera a precipitada (ou
não) conclusão de que “culpado até que prove o contrário” tenha mais sentido
que a outra versão. Primeiro porque faço engenharia e temos que trabalhar com
coeficientes de segurança (se se corre risco, melhor não arriscar) e, segundo,
porque isso resolveria boa parte da questão de corrupção política no Brasil.
Capitão Nascimento: primeiro super-herói brasileiro?
Milícias,
gangues, sistema... Gostaria de um substantivo coletivo para me referir a todo
grupo de pessoas que se reúne segundo uma bandeira para defender objetivos
oligárquicos. Refiro-me àqueles que, associados a partidos políticos, ONGs,
sindicatos ou demais grupos, utilizam de movimentos sociais como publicidade,
ainda que a intensão seja uma passeata isenta de bandeiras; logo, parcializam
os atos. Pior ainda os que tomam posse de movimentos alheios, pois, de repente,
membros do PSDB – “coincidentemente” da oposição – se dizem organizadores de evento
anticorrupção que ocorrerá em dezenas de cidades na próxima semana.
Gostaria
de outro substantivo, agora para substituir a “bandeira” do parágrafo anterior,
pois tal semântica polui o verde-louro de nossa flâmula.
Imagem: minha primeira montagem desse tipo aí que anda em moda.
Imagem: minha primeira montagem desse tipo aí que anda em moda.
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