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Sobre o emergente Brasil aos habitantes covardes, corruptos ou ignorantes

   Assisti a uma aula interessante em uma disciplina de elementos de máquinas. Não menos importante que as demais, mas destacável por fugir um pouco das equações para “equacionar” o contexto humano em que se encaixam.


   Aos poucos acredito que se desfaz a divisão entre as exclusividades de projeto e P&D no primeiro mundo e fabricação e manutenção aos países menos desenvolvidos, ao menos, no caso do Brasil, meio termo em saber exatamente onde se encontra no contexto econômico mundial.

   Desenvolvimento e independência tecnológica possuem a mesma natureza ou talvez a natureza do desenvolvimento seja a independência tecnológica a qual está vinculada à engenharia de projetos.

   Um país não vive sem médicos e enfermeiros; não se organiza sem advogados e policiais; não se conforma sem gerontólogos e sociólogos e não se desenvolve sem cientistas engenheiros. Em cientistas, incluo todo tipo de pesquisador, especialmente químicos, físicos e matemáticos que proporcionam as ferramentas para que a engenharia torne as ideias possíveis.

   Assim a engenharia ocupa uma posição central entre pesquisa e conhecimentos físicos; condições políticas, psicológicas e econômicas; idealizações – design, arquitetura e arte – e, finalmente, tecnologia e fabricação.

   O que é um produto? Uma saca de 50 kg de batata está saindo hoje por 16,50 (acho que em reais) em Guarapuava – PR; um Ford Ka sai por R$23.990,00 e a licença do AutoCAD por uns R$: 4.000,00. No entanto não se gasta meio quilo de hematita na construção do software, a menos para a cadeira do programador. Assim uma ideia vale muito mais que um produto. Uma raridade, mais que um profissional, qualquer que seja.
Imagem: embaixada-portugal-brasil.blogspot.com
   Às vezes alguém sem ideia, ou com ideias para alguns injustas, consegue se dar bem. É o caso do Japão, com sua engenharia reversa. Quebrado nos anos cinquenta, o país passou a copiar produtos estrangeiros diminuindo o custo e a qualidade até aprenderem a aumentar essas grandezas quase diretas.

   Agora é a vez de outros países, como a Coreia. É mesmo inegável que se desenvolveu por investir em educação? Compra-se um bom carro europeu, cuja produção teve custos com pesquisas em diversas (e são mesmo muitos os fatores relevantes na fabricação de um veículo: esboços, planejamentos, dimensionamentos, verificações de cálculos, definição de materiais, produção, análise de custos, preocupação com funcionários, marketing, assistência técnica, fabricação, protótipos, testes, avaliações, alterações, funcionários...), desmonta-se o carro, coloca peça por peça em um “scanner gigante” e as coreanas simplesmente copiam a tecnologia e revendem por um preço menor.

   No Brasil, mais um país explorado e de administração corrupta, aqueles que têm a oportunidade de estudar em boas instituições muitas vezes abandonam a “pátria amada” para doarem suas criatividades a gringos (e enfatizo, “de graça”, pois, ainda que recebam altos salários, suas ideias valeriam mais do que “salários”, mas o desenvolvimento de seu país).

This's not Brazil, but there's it here and she's too beautiful
   Poder na mão de corruptos, criatividade em mentes covardes e pés infelizmente ignorantes que milhões de brasileiros usam em seus caminhos inseguros. Há exceções.

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