Na Avenida Lisir Eva...

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Férias...

   Acordei após sonho interessante, após livrarmos a biblioteca de assaltantes, houve chuva de pelicanos e aviões sobre a EESC, tentaram-se proteger no CAASO, mas corremos para o aloja, na manhã seguinte, a polícia ou sabe lá quem havia apagado a memória dos que ficaram, embora uma câmera digital tentasse registrar a confissão, escondida entre mãos em uma fila.
  Em um momento, lembro-me de, ao correr,encontrar algumas, muitas talvez, pessoas da faculdade, mas os que me acompanhavam no sonho eram, principalmente, meus amigos de infância.
   Confesso não saber dizer qual o melhor tempo. Hoje compramos um carro, o melhor que já tivemos, daí passamos o final de semana em garagens. E há essa graça em ser rico? Sem ir a garagens, levar nos mecânicos, estudar carro por carro à venda na cidade qual o melhor negócio? Depois ter de economizar na pizza para conseguirmos pagar as prestações do financiamento.
  Não nasci em favela leitor, mas os bigatos tomavam conta das paredes e me lembro, faz muito tempo, de uma cobra dentro de casa. Trabalhamos, estudamos, quem sabe o genro perfeito - aliás, fiquei sabendo de outra candidata a sogra essa semana. E, ao me formar, meu piso será alto.
  O curso? Retrógrado, parece se esquecer do mundo e se trancar em pesquisas que muitas vezes não saem da universidade, que, até ano passado, mal tinha como patentear suas descobertas. E acredite, é a melhor, de longe, de muito longe, melhor universidade do país.
   Por isso e, vendo a decepção da maioria dos alunos com a carga horária absurda, a falta de vida, a falta de sonhos durante as noites, que parecem servir apenas para recarregar as energias para mais dezessete horas intensas de estudo, lançaremos em breve uma manifestação, cujo cartaz desenhei ontem.
   Também inscrevi um poema em um concurso, quem sabe é publicado, mas somente daqui um ano. Daí, não posso por enquanto divulgar o cartaz ou o poema.
   Fiquemos assim, com pena de quem não pode ter férias depois de se matar de estudar e ainda ficar de recuperação, com ânimo para aceitar desafios e para aproveitar o tempo durante as "férias".  As aspas devem-se a uma apresentação na segunda quinzena e ao término de um relatório na próxima semana.
   Mais algumas impressões... Sim, as pessoas tem reclamado demais. Antes colocarei alguma imagem para evitar um texto ainda mais cansativo.


taí, uma foto de Paraty, retirada da internet.


  Não que minha vida seja a mais difícil do mundo, bem longe disso, a expectativa é ficar rico e com poder sobre alguma coisa, nem que seja sobre meu futuro cachorro, gato ou coelho de estimação. Contudo, confesso que gostaria de ver esse monte de jovem a reclamar da vida no facebook, passar meia semana na nossa sala de aula para saber o que é ter o que fazer em uma escola.
  Tive três dores de cabeça nos últimos três anos, tanto que ainda resta um comprimido na cartela com quatro que comprei lá no início de 2009 (ou minha mãe que comprou), ou minha saúde que é impecável. O mundo reclama de mais e trabalha de menos, aliás, quem passa mais tempo trabalhando tem menos tempo para reclamar. Não o contrário, trabalhar trás satisfação. Lembro que estou falando no meu caso e de meus colegas de facebook que tiveram oportunidade para ser o que bem entendessem na vida; não do pedreiro lindo que veio trabalhar aqui em casa.
   Não estranhem o "lindo" - e eu lá sei quando um homem é bonito ou feio, nem quero saber - Já com cabelos brancos, contudo, de fato ele se assemelha a um ator estadunidense; um virou ator, sabe-se-lá se fuma, bebe, faz caridade ou joga dinheiro pela janela e o outro tem de ignorar sua rinite enquanto faz aberturas em paredes levando poeira a toda a casa.
   Lá se foram várias linhas e eu sem versos maravilhosos, nem redondilhas nem decassílabos, nem entrei ainda no que pretendia falar, se é que tivesse alguma certeza do que escrever senão lembrar a mim mesmo de que o blog existe após assistir a uma cena de "As melhores coisas do mundo" em que um adolescente usa do blogspot para dizer o que sente a si mesmo, se não me engano é o tal de Fiuk o ator.
   Com centenas de horas de aula cumpridas na faculdade, "estudo" foi a palavra do ano nos últimos seis - talvez perdesse para "Fuvest" nos três primeiros  e para os nomes dos professores mais rígidos nos três recentes. Interessante esse termo, visto que hoje saiu a lista das maiores empresas segundo a Exame.
    E por falar em Fuvest, nossa professora de Literatura já anunciava lá no ensino médio que se falava de NeoBarroco para caracterizar a escola atual, não estou dizendo? Uma escola com cento e poucos caracteres.
     E por falar em ensino médio, uma amigo da época, um ano mais novo, postou foto interessante, em sépia, com sua turma. Vou comentá-la, mas antes, pretendia usar a imagem do beijo em Times Square para lembrar o que é sépia, mas só a encontrei em tons de cinza e o corel não pareceu possuir a função. Temos outra aí à esquerda.
    Mas você vai falar dela de novo? Sim, parece que sim. Inclusive escrevi uma boa síntese em uma folha de caderno entre uma prova e outra.
    Falo novamente, pois hoje é um dia especial, dia do festival, não estive lá; ela, não sei, talvez já tenha aprendido que é uma mulher e não um pokemón e tenha "dado uma passada" para comer sushi, não para gritar kame-hame-há.
    Esse é um bom momento para alguém que "leia" o texto pelas imagens se pergunte: "mas o que tem a ver a Paraty, a revista exame, a mulher do homem aranha, o cara lá de Wimbledon, o Beijo em Times Square e o Goku?"
      Bem, Paraty taí de gaiato mesmo, o restante, lendo o texto, que já deve estar cansativo e ninguém deve ter lido até este ponto. Se leu, deixe um comentário.
      Ah, meu caro leitor, pode ficar ainda mais piega, quer apostar? Vamos à síntese e, quem sabe, eu não fale mais sobre ela no blog, assim como há muitos meses (sete) não nos falamos.
    Há tantos textos em meus cadernos, agora ainda reuni o semestre todo e será difícil encontrar... Bem, encontrando-o, posto aqui. Ótima noite, senhores.

   Não demorei muito e logo lembrei-me do contexto, Portugal. Essa semana, deram-me a ideia de um Work and Travel entre amigos da faculdade no final do próximo ano ou ao termos juntado dinheiro para isso. Antes, no entanto, procurei a respeito de bolsas e, sem a dificuldade de idioma, Portugal seria uma ótima opção, embora esteja quebrado ultimamente e seja mais negócio um engenheiro vir de lá pra cá que o contrário.
    Mas logo imaginei do que sentiria saudade, da família, é claro, mas nunca fui muito bom em falar sobre sentimento dentro de casa. Dela também, chovia, pensava em Portugal, e se eu fosse à sua casa para dizer Adeus sem saber ao certo o que ela guarda de mim?

   "Chove em São Carlos, estou pensando em me inscrever na bolsa para estudar em Portugal. Mas passo por uma banca de revistas enquanto me pergunto o que aconteceria em meu mundo fora da universidade.
   Chove no noroeste da cidade, posso parar o carro encharcado em sua porta ou em frente ao festival onde o que poderia ter sido não foi; o festival, onde tiramos uma foto e conversamos pela noite.
   Mas ao encontrá-la novamente sobre a chuva podê-la-ia dizer que partirei a Portugal e veria qualquer dentre milhões de reações.
   Contudo, se dissesse não voltar tão cedo, anos talvez, pois a cidade não comportasse uma de nossas profissões, então você se lembraria daquele tempo antes de nosso último festival ou daquele tempo do Nosso festival.
   Porém quando eu parti sem me despedir, ficou um vazio, um imenso pedaço de sua vida se foi e você logo arriscou uma maneira paliativa de reocupar esse espaço.
   Ele era um bom homem, meio poeta com nome de cantor, porém foi quadjuvante e logo o deixou quando percebi que te amava. Achei que fosse por mim.
   Você sempre quis um irmão e nunca teve amigos, a não ser os mais afastados da sociedade, como os pequenos fisicamente ou os que dançam no que só vocês se importam.
    Eu tenho amigos, destaque, contudo sem saber dizer eu te amo ou sem saber beijar uma mulher.
   Acima de muitas maneiras, você é surpreendente. Em um final de semana reabriu o vazio; em outro, nos encontramos em uma calçada sobre a chuva; no terceiro, quando pensei que... Então você ocupou aquele espaço de seu sentimento com quem apenas você no mundo suportava. De fato, sou a segunda pessoa no mundo que não vê nele tantas falhas e até isso tínhamos em comum. No ensino médio, na faculdade, em nenhum outro lugar ouvi que alguém o suportasse.
   Quando sua prima bateu o carro, você procurou por mim e, embora eu não tivesse as melhores palavras, acho que se pôde sentir melhor.
   Porém, quando a pessoa que no mundo mais me amava faleceu, você lotou sua rede social de apologias ao ateísmo, no mesmo dia e às vésperas de meu aniversário.
   Teve razão em dizer não ter amigos e foi influenciada por estupidez. Quando conseguiu se tornar mais ignorante que ele, então passou para as mãos do próximo, quem sabe agora o vazio tenha sido preenchido.
   Também teve razão em dizer que a culpa não foi sua, meia razão, fico com a outra metade; até então raramente deixava de ser infantil e voltava do seu digimundo.
   E o vazio que ficou em mim é preenchido com folhas como esta ou com lembranças de quando era possível, lembranças das noites no festival e da franja em seus cabelos no dia em que esteve mais linda.
   Peço que me abrace nessa despedida, pois também me lembro, com peso nas costas, de que você me abraçava com a alma e eu com o medo ou com a vergonha.
   Um dia volto de Portugal, mas nossos mundos se distanciam e nossa mesma cidade não será a mesma. 
   Sabe aquela aventura com a qual sonhávamos na infância, e era a mesma, o mesmo cenário, infelizmente não teve o final dos contos de fadas, mas podemos ao menos agradecer pela história ter existido".


   Mas, o que eu lá sei sobre sua vida, não é mesmo? Nunca me decepcionou pessoalmente; as palavras eram doces, mas as ideias, lidas em mundo virtual...
   Esse pode ser a última postagem sobre o assunto, possivelmente não e sempre há mais a ser dito, quem sabe muito mais quando seu livro for publicado, quem sabe quando ouvir "Pra Ser Sincero", "Giz", "Van Buuren",..., quando voltar ao festival, ao colégio, quando revejo seu depoimento ainda guardado, fotos, quando caminhar a pé pela avenida,... lembro-me todo o tempo.
  
   Talvez eu tenha mesmo nascido para o mundo, negando a frase mais sábia de Einstein. Não irei a Portugal amanhã, mas passaremos uns três ou quatro meses na Europa daqui a um ano e meio, ou os quinze dias na amazônia, que fossem no Japão, tempo é tempo, distância é distância e cá estou novamente a negar a física.

Imagens: Paraty, ilhaverde.net; Wimbledon, giselepedrosa.blogspot.com; Melhores e maiores, dinap.com.br; Beijo na TimesSquare, pimentacomlimao.wordpress.com; Sepia, photoshopgirl.com; Goku Criança, mundodragonbol.webnode.com.br; Torre de Belem, wikipédia.

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